9 de fevereiro de 2013

Máfias são suspeitas na fraude da carne de cavalo

Carne de cavalo descoberta em alimentos processados é proveniente da Europa de Leste, onde várias máfias controlam parte do comércio, sublinham media britânicos

Uma lasanha Findus foi retirada do mercado porque tinha 100% de carne de cavalo Chris Helgren/REUTERS 
Suspeita-se que haja a mão de máfias italianas e polacas no escândalo da carne de cavalo misturada na carne de vaca picada — ou, nalguns casos, vendida como se fosse de vaca mas afinal 100% de cavalo — que esteve nas prateleiras dos supermercados britânicos, noticiaram ontem os media do Reino Unido.
Há indícios de que veterinários e outros responsáveis por controlar a qualidade na indústria alimentar, ao nível dos matadouros e nas fábricas onde são transformados os alimentos, são intimidados para dizerem que se trata de carne de vaca quando a carne usada é de cavalo, diz a edição deste domingo do semanário britânico The Observer. A carne de equino é mais barata e, por isso, é lucrativo usá-la numa fraude.
O último caso, e o que causou mais escândalo no Reino Unido, onde o consumo de carne de cavalo é tabu, foi o da lasanha congelada da marca sueca Findus, feita com 100% de carne de cavalo. A marca testou 18 dos seus produtos de lasanha de vaca produzidos pelo seu fornecedor francês Comigel e descobriu 11 refeições pré-cozinhadas que continham 60 a 100% de carne de cavalo.
A empresa francesa Spanghero, de Metz, foi identificada como o fornecedor original da carne, proveniente da Roménia. Mas as refeições foram preparadas por uma filial da Comigel no Luxemburgo, diz o jornal Libération.
Os serviços anti-fraude franceses anunciaram a abertura de uma investigação e o ministro da Agricultura, Stéphane Le Foll, considerou que “não é aceitável” o “engano” sobre a composição dos pratos da Findus e assegurou que se aplicarão “as sanções necessárias”. A própria Findus decidiu também apresentar queixa na justiça, para que seja investigada a origem da fraude. “Fomos enganados”, assegurou o director-geral da Findus França, Matthieu Lambeaux, num comunicado citado pelo Libération.
A Europa de Leste é um grande fornecedor de carne de cavalo, tanto para França como para Itália, e cerca de 65 mil cavalos são abatidos para carne todos anos na Europa, segundo números do Observer. Grupos criminosos que operam na Rússia e no estados do Báltico controlam uma parte substancial deste negócio.
Em Portugal, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) não detectou carne de cavalo em alimentos vendidos como vaca, disse à Lusa, na sexta-feira, fonte oficial do Ministério da Economia. “Na sequência das notícias sobre a eventual introdução de carne de equídeos em hambúrguer de bovino e/ou suíno em Inglaterra e Irlanda, a ASAE desencadeou uma operação a nível nacional, entre 22 e 24 de Janeiro, com vista a verificar as condições da cadeia alimentar e colher amostras.” Nestas acções de fiscalização a 53 estabelecimentos “não foram detectadas irregularidades semelhantes às das notícias em Inglaterra e na Irlanda”. 

Nota profética:  
“A vida nas cidades é falsa e artificial. A intensa paixão de ganhar dinheiro, o redemoinho da exaltação e da corrida aos prazeres, a sede de ostentação, de luxo e extravagância, tudo são forças que, no que respeita à maioria da humanidade, desviam o espírito do verdadeiro desígnio da vida. Abrem a porta para milhares de males. … Não era desígnio de Deus que o povo se aglomerasse nas cidades, se apinhasse em cortiços. Ele pôs, no princípio, nossos primeiros pais entre os belos quadros e sons em que se deseja que nos alegremos ainda hoje. Quanto mais chegarmos a estar em harmonia com o plano original de Deus, mais favorável será nossa posição para o restabelecimento e preservação da saúde.” A Ciência do Bom Viver, págs. 363-365.

 

Nota pessoal: O que impressiona é ver famílias inteiras a voltarem para as suas terras …abandonando as cidades. Enquanto, o povo de Deus continua a “vida falsa e artificial”. Bom se estes sinais de mafiosos a controlar a própria alimentação nos deixa indiferentes. O que nos despertará?
  José Carlos Costa, pastor

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