22 de junho de 2009

ISRAEL NÃO É MELHOR NEM PIOR QUE OS OUTROS POVOS DA REGIÃO, É DIFERENTE

A Guerra no Médio Oriente dura há perto de sessenta anos. Hoje, muitas pessoas não estão já familiarizadas com a sua história e origens e não têm sequer conhecimento dos factos. Este estado de ignorância é terreno fértil para quem, sem escrúpulos, forja mitos para justificar políticas destrutivas. A máquina de propaganda criou muitos destes mitos para inflamar a sua guerra contra o Estado Judaico.
Israel é a única democracia que no Médio Oriente elege os seus chefes em sufrágio livre, a única que garante direitos aos seus cidadãos e respeita esses direitos. No entanto, Israel é o alvo permanente de quem diz lutar pelos "direitos humanos".
Cerca de um milhão e meio de árabes vivem como cidadãos em Israel, elegendo os seus representantes no Parlamento israelita e gozando de mais direitos do que qualquer cidadão árabe de qualquer Estado árabe. No entanto, Israel é o alvo permanente de quem diz lutar por "justiça social".
A própria criação do Estado de Israel é referida pelos seus inimigos árabes como "a Nakba", isto é, a "catástrofe", estando nisto implícito que Israel não deveria existir. No entanto, Israel é o alvo permanente de quem diz apoiar a autodeterminação e condenar o genocídio.
Israel foi vítima, desde a sua primeira hora, de uma agressão, que não provocou, por parte de cinco monarquias e ditaduras árabes; e tem sido vítima de uma guerra árabe que se prolonga ininterruptamente há cerca de sessenta anos porque os Estados árabes se recusam a fazer a paz. No entanto, Israel é o alvo permanente de quem diz desejar "a paz".
Israel é vítima de ataques terroristas, como os dos bombistas suicidas que, juntamente com os judeus que eles querem aniquilar, matam igualmente mulheres e crianças palestinianas. No entanto, Israel é o alvo permanente de quem diz defender a humanidade e um futuro "livre".Como é isto possível? Como pode o mal vestir-se com a toga da justiça? Como pode uma guerra de genocídio para destruir um povo democrático ser desculpada como luta pela "libertação nacional"? E, no entanto, eles fazem-no – através da criação de mitos políticos que racionalizam a agressão e justificam a guerra contra populações civis.
No romance de George Orwell, 1984, o Ministro da Verdade do Estado totalitário proclama: "O Conhecimento é Ignorância, a Liberdade é Escravidão".
A natureza do cinismo político não muda, o seu fito é sempre o mesmo: a obliteração da memória histórica, ao serviço do poder. "O combate do homem contra o poder", escreveu o autor checo Milan Kundera, "é o combate da memória contra o esquecimento". Só a reposição da memória pode destruir os mitos totalitários e tornar o homem livre.
O texto de David Meir-Levi recupera a memória dos factos que estão no cerne do conflito no Médio Oriente. Estes factos são cruciais, não apenas para a reposição da história que a política obscureceu, mas também para a sobrevivência de um povo que vive no pesadelo da sua própria destruição.» David Horowitz

A MÁSCARA

Este fim-de-semana pensei que era o último da minha vida. Tive um AIT, ou qualquer coisa parecido. Vejam lá o susto que eu apanhei! Não tanto pelo AIT, mas uma outra situação no hospital onde dei entrada e onde permaneci deitado por longas hora deitado numa maca naqueles longos corredores, sabem do que estou a falar!
Qual é o meu espanto quando ouço duas enfermeiras mesmo ali, ao pé de mim. Os doentes deitados naquelas macas, abandonados nos corredores, ficam esquecidos. Elas falam entre elas do susto que apanharam ao ter dado entrada nas Urgências um caso suspeito de H1N1. Ao ouvir isto fiquei deveras assustado, e disse às enfermeiras para tratarem com urgência da minha saída, enfim, deram-se conta que um ser vivo estava ali a ouvir a conversa delas. Afastaram-se confusas, voltam algum tempo mais tarde a sorrir e a dizer que era uma brincadeira. Esgueiraram-se num daqueles departamentos de medicina, ortopedia, etc., a gente não entende nada daquilo. Mas nós os “abandonados dos corredores” não somos parvos e percebemos muito bem quando querem fazer de nós tolos!
Passou-se mais algum tempo, ali numa daquelas portas, surgem dois médicos, a gente sabe que eles são médicos porque andam constantemente com um estetoscópio atravessado ao pescoço ou então nos bolsos mas claramente evidenciados, é para sabermos que são doutores. Qual é o meu espanto quando os ouço a falarem “no caso” do H1N1 que tinha dado entrada lá no Hospital. Grito espavorido: "Meus amigos - eu que não sou de meias palavras - tirem-me daqui para fora ou senão eu punha-me a milhas". Viraram as costas “a disfarçar”, não se tinham dado conta que estava ali um “abandonado dos corredores”. Passados alguns instantes voltaram e dirigiram-se a mim dizendo que não tinha sido nada, “nada de especial”. Pedi-lhes uma máscara.
Esbugalharam os olhos e disseram: “Pois é, uma máscara”. Eles começaram a andar de máscara, mas eu era um “abandonado dos corredores” não tive direito a máscara.
Será que todos estamos condenados a andar de MASCARA ou só alguns é que terão direita à máscara?
Por mim, depois de algumas dificuldades sem máscara, lá escapolirme do hospital, disse de mim para mim, “fogo! vai-te AIT e saia um AVC”. Não há máscaras para os abandonados dos corredores! É mais ou menos assim: Salve-se quem puder porque não há máscara, bom, isto são rumores do fim, ou não são?

11 de junho de 2009

A PRIMEIRA EPIDEMIA GLOBAL DE GRIPE EM 41 ANOS



Genebra, 11 Jun (Lusa) - A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou hoje que declarou uma pandemia de gripe A H1N1 - a primeira epidemia global de gripe em 41 anos -, quando as infecções sobem nos Estados Unidos, Europa, Austrália, América do Sul e noutros locais.
Lusa
16:17 Quinta-feira, 11 de Jun de 2009

OMS - DECLAROU A H1N1 A NOVA E ÚLTIMA FASE DE ALERTA 6

Genebra, 11 Jun (Lusa) - A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou hoje que declarou uma pandemia de gripe A H1N1 - a primeira epidemia global de gripe em 41 anos -, quando as infecções sobem nos Estados Unidos, Europa, Austrália, América do Sul e noutros locais.
Numa declaração enviada para os países membros, a OMS diz ter decidido subir o alerta da fase 05 para 06 - o mais alto - na sequência de um reunião de emergência dos seus peritos sobre o assunto.
A esperada declaração de pandemia é a confirmação científica de que um novo vírus emergiu e que rapidamente circula por todo o mundo. Estimulará as farmacêuticas a acelerarem a produção de uma vacina para a gripe em causa e levará os governos a dedicar mais dinheiro aos esforços para conter o vírus.
"Nesta fase inicial, a pandemia pode ser caracterizada globalmente como moderada em termos de gravidade", refere a OMS na declaração, exortando os países a não encerrarem as fronteiras ou restringirem o comércio e as viagens.
"Continuamos em diálogo com os fabricantes de vacinas contra a gripe", adianta.
A organização revelou quarta-feira que 74 países registam 27 737 casos de gripe A H1N1, incluindo 141 mortes.
A agência sublinhou que os casos na maioria são moderados e não exigem tratamento, mas o receio é de que o aparecimento de novos casos possa perturbar hospitais e autoridades da saúde, especialmente nos países mais pobres.
Contudo, cerca de metade das pessoas que morreram com o vírus A H1N1 eram jovens e saudáveis, pessoas que habitualmente não são susceptíveis à gripe.
Além disso, a gripe A H1N1 tem continuado a espalhar-se durante o início do Verão no hemisfério norte. Normalmente, os vírus da gripe desaparecem com o tempo quente, mas este está a revelar-se resiliente.
A última pandemia - a gripe de Hong Kong de 1968 - matou cerca de um milhão de pessoas. A gripe normal causa entre 250 000 a 500 000 mortes todos os anos.

ESPECIALISTAS LEMBRAM PANDEMIAS DO PASSADO

Gripe A H1N1: O pior vai ou não acontecer?
24.05.2009 - 11h51 Ana Gerschenfeld
O novo vírus da gripe, que galvaniza as notícias há semanas, é um descendente directo do vírus que causou a maior pandemia de sempre da história da humanidade, a "mãe de todas as pandemias", como dizem alguns: a gripe espanhola de 1918.
Estará a história prestes a repetir-se?
Adela Gutiérrez tocou à campainha de uma modesta residência. O seu dia de trabalho estava quase a acabar - e ainda bem, porque Adela sentia-se muito doente. A constipação que tinha apanhado há mais de uma semana continuava a piorar. Mas como era uma inspectora dos impostos empenhada na sua tarefa - e talvez também porque os seus superiores teriam torcido o nariz se ficasse em casa por uma insignificância -, Adela tinha continuado a fazer as suas visitas porta a porta dentro e fora da cidade de Oaxaca, no Sul do México, onde vivia. Só que nesse fim de dia já não aguentava o cansaço, as dores musculares, os arrepios, a dor de cabeça lancinante que não parava, as noites a fio sem conseguir dormir. Tinha febre. Andava a tomar antibióticos há cinco dias, receitados por um médico particular para tratar a dor de garganta que tinha aparecido no meio disto tudo, mas o medicamento não parecia estar a fazer efeito. Felizmente que o dia seguinte era o feriado de quinta-feira santa. Ia finalmente poder enfiar-se na cama e descansar.


O que Adela não sabia é que, ao longo de todos esses dias, um perigoso micróbio tinha irremediavelmente invadido o seu organismo. Um vírus totalmente novo, que o seu organismo nunca tinha encontrado e contra o qual não tinha quaisquer defesas.


Enquanto esta jovem mulher de 39 anos completava a sua ronda, ao nível microscópico o vírus completava ciclos e ciclos de replicação. As partículas virais que tinham dado origem à infecção e que Adela tinha inalado, à boleia de minúsculas partículas de saliva suspensas no ar, vindas da expiração, da tosse ou dos espirros de outra pessoa infectada com quem se tinha cruzado ao acaso das suas andanças, não tinham parado de multiplicar-se freneticamente e eram agora milhões - nos seus pulmões, na sua garganta, no seu nariz. As células da parede dos seus brônquios não tinham oferecido grande resistência às proteínas virais encarregadas de incrustar os vírus na sua membrana para libertar dentro delas o seu material genético. E a partir daí o mal estava feito: outras proteínas faziam inúmeras réplicas dos genes do vírus dentro da célula, como autênticas fotocopiadoras; a seguir os genes eram muito bem empacotados dentro de invólucros proteicos individuais e, uma vez os embrulhos prontos, zarpavam em direcção à membrana celular, onde formavam protuberâncias que se transformavam em novas partículas virais. Uma última proteína encarregava-se, no fim deste processo, de cortar as amarras das novas partículas, ainda presas à membrana celular, libertando-as e lançando estas invisíveis bolinhas (com apenas cem milionésimos de milímetro de diâmetro) à conquista de novos alvos. Uma a uma, as células que permitiam que Adela respirasse iam morrendo, numa cascata imparável de infecção e inflamação.


A primeira vítima.
No dia seguinte, Adela não foi capaz de ficar em casa a descansar. Mal conseguia aspirar para dentro dos pulmões o ar do qual a sua sobrevivência dependia - a tal ponto que tinha as pontas dos dedos azuis, por falta de oxigénio. O marido, Luis Ramírez, contaria mais tarde a um grupo de jornalistas que tinha chamado uma ambulância, mas que, como o transporte demorava a chegar, ele e as filhas tinham optado por levar Adela no carro familiar até às urgências do grande hospital público de Oaxaca. Aí, tiveram ainda de esperar três horas para Adela poder ser vista pelos médicos. E não havia cama nem ventilador disponíveis. Quatro dias depois, na tarde de 13 de Abril, Adela morria nos cuidados intensivos do hospital, afogada nos seus próprios fluidos. Os médicos diriam ao marido que a sua mulher tinha sucumbido a um vírus desconhecido. Tinham de facto detectado, nos testes que lhe fizeram, um vírus invulgar, contra o qual nenhum tratamento funcionara. Como relataria o New York Times, que falou com eles e visitou mais tarde o hospital, os médicos declararam um alerta epidemiológico três dias mais tarde, com base no caso de Adela e outros semelhantes.


A 20 de Abril, os EUA notificaram o México de que tinham sido detectados na Califórnia dois casos de gripe com componentes humana e porcina e, a 22 de Abril, as autoridades mexicanas enviaram amostras biológicas colhidas em Adela e em outros doentes (incluindo um rapazinho de quatro anos, da aldeia de La Glória, que sobreviveu à doença), ao Laboratório Nacional de Microbiologia de Winnipeg, Canadá - um dos dois no mundo com capacidade para detectar este tipo de vírus. Um dia depois, tinham o veredicto e Adela tornava-se oficialmente a primeira vítima mortal de um novo tipo de gripe.


Ataque em vagas.
"Você nota uma dor de cabeça difusa. Os seus olhos começam a arder. Tem arrepios e deita-se na cama, o corpo feito numa bola. Não há cobertores que cheguem para o aquecer. Adormece, mas o seu sono é agitado por pesadelos típicos do delírio, à medida que a febre sobe. E, quando acorda, é para uma espécie de estado semiconsciente, com os músculos doridos e uma dor de cabeça atroz. (...) Isto pode durar uns dias, ou algumas horas, mas não há nada a fazer para travar o avanço da doença. (...) Com o rosto a virar roxo acastanhado, você começa a cuspir sangue. Os seus pés tornam-se pretos. Perto do fim, tenta desesperadamente respirar. Uma espuma de saliva tingida de sangue escorre da sua boca. Você morre - de facto, afoga-se - à medida que os seus pulmões se enchem de um líquido avermelhado."


O paralelo entre a lenta agonia de Adela e esta descrição não escapa a ninguém. Só que não é dela que se trata, mas da descrição genérica de um caso de gripe espanhola, extraída do livro de Gina Kolata, jornalista do New York Times, sobre a pandemia de gripe que varreu o mundo há 90 anos, no fim da I Guerra Mundial, intitulado Flu: The Story of the Great Influenza Pandemic of 1918 and the Search for the Virus that Caused It e publicado em 1999. Mas é de admitir que, nas suas linhas gerais, estas frases poderiam aplicar-se ao que aconteceu a Adela há pouco mais de um mês, no início do que poderá vir a ser uma nova pandemia de gripe.


As potenciais semelhanças entre a epidemia de nova gripe que se declarou há semanas no México e nos EUA e a pandemia de gripe do início do século XX não se ficam por aí. A julgar pela demografia das hospitalizações devido a problemas respiratórios, o novo vírus tem demonstrado uma forte propensão para infectar pessoas jovens e de boa saúde, tal como aconteceu em 1918 - o que não é habitual nos surtos ou epidemias de gripe sazonal, que são aquelas que surgem no Inverno e que põem em risco de vida sobretudo as crianças muito pequenas e as pessoas idosas ou de fraca imunidade.


Por enquanto, a nova gripe tem, contudo, dado mostras de ser, globalmente, bastante suave. De facto, Adela era diabética, donde particularmente vulnerável a diversas doenças, o que poderá explicar o trágico desfecho de casos como o seu. Mas essa relativa "benignidade" do vírus pode ser apenas uma miragem. Não é possível ignorar que a gripe espanhola também surgiu, primeiro, durante a Primavera de 1918, e também sob uma forma muito mais suave. Só revelaria a sua verdadeira personalidade a partir de Setembro de 1918, acabando por matar entre 20 milhões e 100 milhões de pessoas no mundo, segundo as diversas estimativas. As pandemias têm essa característica: vêm por vagas, começam suavemente uns meses antes e dão o golpe de misericórdia mais tarde - por vezes repetidamente. Será esta a primeira vaga de algo muito mais assustador? Serão casos como o de Adela um prenúncio do que ainda está para vir? Actualmente, não é ainda possível saber com certeza se a história de terror de 1918 se vai repetir - se uma praga como essa, que "fez mais mortos em poucos meses do qualquer outra doença na história do mundo", como escreve ainda Gina Kolata, está ou não às nossas portas.


Hoje como ontem?
Alguns cientistas já avançaram cenários possíveis. Neil Ferguson, do Imperial College de Londres, e colegas, por exemplo, publicaram há dias um artigo na edição online da revista Science onde estimam, com base nos dados disponíveis que, embora não chegue a ser tão mortífera como a gripe espanhola, a actual epidemia tem potencial para se transformar numa pandemia comparável à da gripe asiática de 1957, que vitimou mais de dois milhões de pessoas no mundo. A título comparativo, a gripe sazonal mata, todos os anos, cerca de meio milhão de pessoas (mesmo assim, um número assustador), a maior parte nos países mais pobres.


Outros cientistas têm andado a dissecar os genes do vírus para determinar a sua perigosidade - e as suas conclusões têm sido animadoras. A equipa de Wendy Barclay, do Imperial College de Londres, diz por exemplo que a nova estirpe parece ser das que infectam as vias respiratórias superiores (nariz, garganta, traqueia, brônquios primários), provocando por isso sintomas mais ligeiros do que as estirpes com propensão para infectar os pulmões. Tom Slezak, especialista de bioinformática do Laboratório Lawrence Livermore, nos EUA, analisou padrões de pequenas variações no material genético do vírus e especula que esta epidemia pode acabar por não ser muito grave. Andrew Rambaut, da Universidade de Edimburgo, e outros estimaram, a partir dos genes do novo vírus, que ele poderá ter na realidade surgido meses antes de ser detectado, o que significaria que não está a espalhar-se assim tão furiosamente.


Uma nota de maior prudência, neste coro alentador. "Acho muito, muito difícil fazer previsões, porque não fazemos ideia do número de pessoas infectadas pela nova gripe e é portanto impossível calcular a taxa de mortalidade do novo vírus", disse por seu lado ao P2 Mark Miller, epidemiologista dos National Institutes of Health norte-americanos, em conversa telefónica. "As pandemias do passado vêm de facto por vagas, e entretanto o vírus pode mudar e tornar-se menos patogénico e desaparecer - ou, pelo contrário, mais patogénico. Mas temos tão pouca experiência disto que não conseguimos dizer o que vai acontecer neste caso."


Radiografia de um vírus.
Os vírus da gripe são muito primitivos. O seu património genético nem sequer está codificado dentro de uma dupla hélice de ADN, como o nosso - mas apenas numa simples hélice de ARN. Ora, ao contrário do ADN, o ARN não possui os mecanismos de correcção de erros, de "gralhas", causados pela sua replicação - portanto, de cada vez que faz cópias de si próprio, surgem mutações. É essa mutabilidade dos vírus da gripe que os torna extremamente imprevisíveis.


A maior parte das vezes, essas mudanças são pequenas, fazendo com que o vírus só gradualmente se vá tornando diferente dos seus antecessores. Mas, mesmo assim, os especialistas vêem-se obrigados a repensar todos os anos a composição da vacina contra a gripe sazonal do ano seguinte. Porque a do ano anterior já não nos protege tão bem, uma vez que o vírus já não é bem o mesmo.


Os vírus da gripe têm uma outra originalidade, que lhes confere a capacidade de sofrer mudanças ainda maiores: o seu ARN nem sequer é uma simples molécula; é, pelo contrário, composto de oito fragmentos separados, cada um deles a comandar o fabrico de uma ou duas proteínas virais (11 no total). Assim, embora só se verifique muito mais raramente (três ou quatro vezes por século), a mudança sofrida pelo vírus pode ser muito mais radical, com duas estirpes de vírus a dar origem, literalmente por mistura genética, a uma terceira, totalmente diferente de ambas. Isto acontece nomeadamente quando dois vírus da gripe infectam ao mesmo tempo um mesmo porco, porque têm então mais facilidade em trocar entre si esses seus pedaços inteiros de material genético. O resultado, totalmente inédito, tem o potencial de ser devastador. É aí que nascem as pandemias.


Duas proteínas.
Tal como o vírus de 1918, o novo vírus da gripe é uma estirpe de vírus "de tipo A e de subtipo H1N1". Basicamente, os vírus da gripe, que são capazes de infectar uma série de espécies animais, entre as quais porcos, aves e humanos, podem ser de tipo A, B ou C, sendo o tipo A o único com potencial pandémico (o tipo C não infecta os seres humanos).


Entre os vírus de tipo A, contam-se vários subtipos, cuja designação é definida por duas das proteínas fabricadas pelo vírus: a hemaglutinina, HA, que lhe permite incrustar-se na membrana das suas células-alvo, e a neuraminidase, NA, que permite que os vírus recém-formados se soltem da membrana e abandonem a célula onde foram criados. As características destas duas proteínas, que se encontram à superfície dos vírus, condicionam em grande parte a forma como o nosso organismo vai reagir contra um dado vírus - e, por isso, dá-se aos vírus da gripe A nomes como A H1N1, A H2N3 ou A H5N1.


Se uma pessoa for imune às proteínas HA ou NA de uma dada estirpe do vírus, ou seja, se tiver anticorpos contra elas, esse vírus particular será menos perigoso para essa pessoa. É exactamente para isso que servem as vacinas sazonais contra a gripe (e mais geralmente todas as vacinas): ao desafiar a nossa imunidade com versões atenuadas das estirpes do vírus da gripe que mais circulam entre nós a dada altura, incitam o nosso sistema imunitário a fabricar anticorpos que nos protegerão contra os ataques do verdadeiro vírus.


Assim, por exemplo, a vacina da gripe da temporada 2008-2009 continha componentes de uma estirpe particular de vírus da gripe A H1N1 humana. Infelizmente, ela pouco ou nada tem nada a ver com a estirpe A H1N1 da nova gripe - seria bom que tivesse, porque seríamos então relativamente imunes à nova doença.


Quando temos de nos defrontar com um vírus que o nosso sistema imunitário nunca viu na vida, não temos anticorpos, defesas imunitárias, para lhe fazer face. Daí o receio dos especialistas, de há uns anos para cá, em relação ao vírus da gripe das aves, que não é de tipo A H1N1 como o actual, mas de tipo A H5N1. Não é um vírus que passe facilmente para os humanos (é uma gripe das aves, não dos humanos), mas quando isso acontece é extremamente letal, matando cerca de 50 por certo das suas vítimas. Imagine-se o que aconteceria se, ao recombinar-se dentro de um porco com um vírus humano, ela passasse a transmitir-se entre nós como os vulgares vírus da gripe humana, de cada vez que espirramos ou tossimos. É fácil perceber a catástrofe que isso significaria...Desta vez, isso não aconteceu, como se receava, com o vírus A H5N1 das aves, mas com um vírus A H1N1 suíno. E não aconteceu no Sudeste asiático, como se receava, mas na América do Norte. E ainda pode ser que não seja assim tão grave... ou talvez sim.


Confusão de nomes.
Muito se falou e debateu sobre os possíveis nomes a dar à nova gripe. Mas existe um problema de fundo com o nome finalmente escolhido pela Organização Mundial de Saúde, entre outras coisas para agradar aos suinicultores - e que em Portugal foi adoptado por quase todos sem pensar duas vezes. É que esse nome cria ainda mais confusão na nomenclatura - e nas pessoas.


A denominação "oficial" que está a ser utilizada faz com que muitas estirpes do vírus, que na realidade são totalmente diferentes, mereçam o mesmo nome. Sem ir mais longe: o nome do vírus da nova gripe é igual ao nome de um dos vírus da gripe sazonal 2008-2009: A H1N1. Por que será então que não temos imunidade contra este novo vírus, se ele tem o mesmo nome dos habituais vírus da gripe sazonal? Poder-se-á perguntar. E pergunta-se."A H1 e N1 porcinas são diferentes da H1 e N1 humanas", disse ao P2, por email, Steven Salzberg, especialista de bioinformática da Universidade de Maryland. E explica o porquê dessa aparente - e enganadora - identidade entre os dois vírus: "É muito confuso, eu sei, mas tem alguma razão de ser: o vírus A H1N1 dos porcos [o da nova gripe] é um descendente da gripe de 1918, tal como o vírus A H1N1 humano." Só que as semelhanças acabam aqui; trata-se na realidade de dois primos muito afastados - por 90 anos de evolução, mais precisamente. "[A nova gripe] tem estado a circular exclusivamente entre os porcos nos últimos 90 anos", salienta Salzberg. "As respectivas estirpes [H1N1 humana e H1N1 suína] tornaram-se portanto muito, muito diferentes. E o resultado é que o nível de protecção cruzada de que poderemos beneficiar [por causa da nossa imunidade contra as estirpes A H1N1 humanas] é muito baixo - e muito provavelmente inexistente." Talvez algumas pessoas mais idosas possam ter alguma imunidade, mas a maior parte da população mundial jamais se cruzou com o novo vírus.


É mesmo uma gripe suína.
A genealogia do vírus é complexa. "De facto, a actual estirpe de nova gripe teve muitos antepassados. Mas o evento mais recente - e o mais relevante - foi um rearranjo genético de duas estirpes de vírus suínos, e foi isso que conduziu ao novo surto", explica-nos ainda Salzberg. Por outras palavras - e é preciso aceitar essa realidade -, a nova gripe é de origem suína, quer os suinicultores gostem, quer não. Não é por acaso, aliás, que virtualmente toda a imprensa britânica e norte-americana continua a falar irreverentemente em swine flu - e que todos os artigos científicos referem a "gripe A H1N1 de origem suína". O lado suíno da gripe é fundamental. Chamar-lhe simplesmente "gripe A H1N1" não conta a história toda. Aliás, os mais recentes resultados da análise genética do vírus, publicados anteontem na edição online da Science, sugerem mais fortemente do que nunca que o novo vírus terá efectivamente surgido, algures no mundo, em populações de suínos, onde terá passado despercebido durante anos.


Mesmo assim, o novo vírus herdou de um dos seus dois antepassados de origem suína dois genes de origem aviária, resultado de uma anterior evolução desse antepassado - mais precisamente, dois dos três genes que lhe servem para replicar o seu material genético dentro das suas células-alvo. E, segundo explicava há dias a New Scientist, os peritos receiam que estes dois genes lhe confiram grande eficácia na replicação - e portanto maior virulência.


Resumindo:
o novo vírus da gripe, que não é novo nos porcos, mas apenas nos humanos, "saltou" de repente para a nossa espécie. É um descendente directo do vírus responsável pela pandemia de gripe de 1918, a que alguns chamam "a mãe de todas as pandemias" pelo seu efeito devastador - e possui genes aviários que o podem tornar mais agressivo. E como não temos estado em contacto com ele nas últimas décadas, porque tem permanecido circunscrito aos suínos, não temos praticamente nenhuma imunidade contra ele.


Mundo mais preparado.
Nestas condições, o que poderá acontecer a seguir? Ninguém sabe nem deseja realmente apostar no cenário mais optimista, a julgar pelo empenho que as autoridades de saúde nacionais e internacionais têm demonstrado em lidar com a potencial pandemia antes de saber se é ou não uma pandemia - nomeadamente em termos do fabrico de uma vacina contra o novo vírus. "As vacinas são o melhor seguro que temos contra qualquer eventualidade e parece uma precaução básica fabricar uma vacina contra o novo vírus", frisa Mark Miller. Vai-se portanto fabricar uma nova vacina - e, embora ela talvez não chegue a tempo para o início de uma eventual segunda vaga, irá sem dúvida permitir salvar muitas vidas nos países mais favorecidos. Mas o que acontecerá nos países mais pobres, se o que está para vir for de facto uma pandemia? Naqueles países onde, todos os anos, já se contam 96 por cento das vítimas mortais da vulgar gripe sazonal?


Por outro lado, é óbvio que, pelo menos nos países ricos, os sistemas de saúde melhoraram radicalmente desde a pandemia de gripe espanhola. Naquela altura, pensam hoje os especialistas, uma grande parte das vítimas terá sucumbido a outras infecções, nomeadamente bacterianas (e não havia antibióticos) e não directamente ao vírus. E se tivesse havido mais ventiladores e cuidados médicos adequados, ter-se-iam poupado ainda mais vidas. Também não se pode ignorar o facto de que, na altura, o mundo estava a sair de quatro anos de guerra e de penúrias de todo o tipo, que tinham minado seriamente a saúde das populações. A actual situação é no mínimo um sinal de alarme e no máximo... uma pandemia. De facto, olhando para as estatísticas mundiais da infecção, cabe perguntar se não terá chegado a altura de chamar as coisas pelo seu nome e anunciar que se trata efectivamente de uma pandemia declarada.

FALTA DIAGNÓSTICO SOBRE A GRIPE SUÍNA NOS PAÍSES POBRES

GENEBRA, 29/05/2009 - Suíça (AFP) - No início do mês de Maio, o mundo tomou conhecimento de uma epidemia, a gripe suína, com a Organização Mundial de Saúde (OMS) manifestando, através dos seus especialistas, a preocupação com a falta de meios para diagnosticar os casos nos países em desenvolvimento.
Para a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, o vírus A(H1N1) da gripe suína é "subtil e sorrateiro" e será sem dúvida mais virulento nos países pobres do Hemisfério Sul.
"O que nos preocupa é que a maioria dos países em desenvolvimento não estabeleceu um sistema que possa indicar a presença do vírus da gripe suína A (H1N1)", declarou durante a semana à imprensa Ties Boerma, diretor do serviço de estatísticas de saúde da OMS.
"Na maioria dos países não há um sistema eficaz de informação sobre as causas das mortes", lamentou Boerma, ao apresentar o relatório estatístico anual da OMS sobre a evolução de 18 doenças infecciosas.
"Os países, principalmente os em desenvolvimento, onde as populações são mais vulneráveis, devem se preparar para casos mais severos que os constatados atualmente", advertiu nesta sexta-feira a doutora Chan.
Segundo ela, "a atual estação invernal (no Hemisfério Sul) dá aos vírus da gripe uma ocasião para se misturar e modificar o seu material genético de forma imprevisível".
A diretora da OMS pediu aos Estados membros da organização que adaptem os seus dispositivos às circunstâncias, uma vez que "os planos mais bem elaborados devem ser fluidos e flexíveis quando um vírus aparece e começa a mudar as regras do jogo".
O especialista Ties Boerma citou, como exemplo, o fato de os países pobres não terem meios para recolher informações sobre os casos de meningite, raiva ou outros tipos de gripe.
"Há, portanto, um enorme buraco negro. Trabalhamos com nossos parceiros para reduzi-lo, mas ainda resta muito a ser feito", afirmou.
Um relatório da OMS revela que a gripe aviária, assim como a malária ou a encefalite japonesa, são difíceis de diagnosticar de forma segura se não forem realizados testes em laboratório aos quais os países pobres dificilmente têm acesso.
O México, por exemplo, teve que recorrer a laboratórios canadenses para identificar o vírus da gripe A (H1N1).
"Temos as estatísticas mexicanas sobre a gripe, mas, na realidade, a maioria dos casos de gripe suína foram classificados como pneumonias", considerou o especialista da OMS.
Desde que o novo vírus gripal surgiu no México, os especialistas da organização temem que se alastre pelo Hemisfério Sul.
A maioria das formas gripais causa mais mortes entre as populações mais frágeis, justamente as que vivem nos países pobres.

5 de junho de 2009

CIENTISTAS E "PROFETAS" PREVÊEM O FIM DO MUNDO


A previsão do vidente mais famoso e respeitado do mundo, o francês Michel de Notredame (Nostradamus), é de que o mundo acabe em 3797, segundo diversos intérpretes de sua obra. Mas a cada dia surgem, principalmente na Internet, novas datas para o fim da humanidade. Algumas baseadas em evidências científicas e outras em visões, avisos divinos e superstições.
Em 2007, apesar de todas as previsões, o ano passou e o fim do mundo não chegou. Pensou-se que o dia 07/07/07 fosse mesmo apocalíptico, como alguns acreditavam. Mas se nem em 06/06/06, o chamado feriado da besta, a Terra não deixou de existir, o mesmo aconteceu 08/08/08. Será 09/09/09, 10/10/10, 11/11/11 e 12/12/12.
Neste ano, porém, pode acontecer uma grande tragédia, prevista pelo apresentador de televisão Pat Robertson, evangélico ex-candidato à presidência dos Estados Unidos. Dia 2/1, no seu programa Clube 700, no canal Christian Broadcasting Network, Robertson disse que Deus o alertou sobre um ataque terrorista que, em Setembro deste ano, causará muitas mortes.
Fim em 2014?
Para 2014, existem duas previsões de desastres que podem afectar parcial ou completamente a estrutura do planeta. Astrofísicos do Centro de Informação Britânico sobre Objectos Próximos da Terra descobriram que um asteróide poderá se chocar com a Terra no dia 21 de Março de 2014.
O 2003 QQ47 seria dez vezes menor que o meteoro que, se acredita, matou os dinossauros há 65 milhões de anos. Mas teria capacidade para devastar um continente inteiro. A possibilidade de colisão é considerada pequena – de 1 para 909 mil. E especialistas acreditam que a possibilidade de choque pode diminuir quando forem feitas mais observações e cálculos precisos.
A outra previsão, mais alarmante, foi divulgada pelo tablóide norte-americano Weekly World News e, em seguida, pelo jornal brasileiro O Tempo. A chamada Nuvem do Caos dissolveria o que encontre pela frente – cometas, asteróides, planetas e estrelas inteiras. Este evento é estimado para 1º de Junho de 2014, às 9h15, poderia terminar com o nosso sistema solar.
Asteróide em 2102
Mais um asteróide pode colidir com a Terra em 4 de Maio de 2102, causando uma destruição maciça no planeta, declarou em 2006 David Morrison, um especialista da NASA (Agência Espacial Americana). A probabilidade do impacto seria de uma em mil. O impacto do asteróide, que recebeu o nome de 2004 VD17, libertará 10 mil megatons de energia, o equivalente à explosão de todas as armas nucleares existentes no planeta.
Com ou sem base científica para estas e outras previsões, tudo pode falhar. Assim como quando foi – a passagem do ano 2000 é um exemplo – já falharam. Certo, certo é que a profecia de Nostradamus falhou. Se nem essa se concretizou, resta uma pergunta. Haverá mesmo um fim?

QUANDO SERÁ O FIM DO MUNDO?

Muitas são as promessas registadas na Bíblia, mas com toda segurança, a mais lembrada e esperada nos últimos dois mil anos pelos cristãos do mundo inteiro é a seguinte: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver estejais vós também" (João 14:1-3).
Jesus Cristo, depois da sua morte e ressurreição no ano 31 da nossa era, subiu aos céus prometendo que voltaria para destruir a maldade e instaurar o seu reino onde a paz e a felicidade eternas serão estabelecidas. Será possível conhecer a data deste evento? O próprio Jesus responde: "Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai... Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também, porque o Filho do Homem há de vir à hora em que não penseis" (Mateus 24:36,43,44).
É por esta razão que não devemos deter-nos em especulações quanto às datas – ainda que todo o ser humano gostaria de saber – mas Jesus diz que Deus não o revelou. Jesus avisa que vigiemos, mas sem fixar uma data definida. Não podemos afirmar que Jesus regressará dentro de um, dois, cinco anos ou cem.
Contudo é claro que nenhum ser humano sabe o momento exacto da vinda de Cristo, Deus o sabe e não permitirá que este acontecimento chegue sem aviso para aqueles que o esperam: "Porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite. Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como ladrão" (1 Tessalonicenses 5:2-4).
Porque razão este grupo não permanece em trevas? O que lhes permite conhecer o restante das pessoas não sabe? "E temos, mui firme, a palavra dos profetas, a qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro..." (2ª Pedro 1:19).
Segundo o que foi ensinado pelo Senhor Jesus Cristo, estar atento à palavra dos profetas (bíblicos) é o que nos permitirá conhecer quão perto se encontra o dia de seu segundo advento: "Aprendei, pois, esta parábola da figueira: quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele está próximo, às portas" (Mateus 24:32-33).
Que coisas? Há aproximadamente dois mil anos os discípulos preocupados com este mesmo assunto consultaram o Jesus, que lhes revelou coisas muito importantes. Esta conversa está registada na Bíblia para o nosso conhecimento. "E, estando assentado no monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos, em particular, dizendo: Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane, porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. E ouvireis de guerras e rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terramotos em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores" (Mateus 24 3-8).
Se é daquelas pessoas que gostam de estar em dia com as notícias certamente verá nesta declaração de Jesus Cristo, uma impressionante descrição do que está para acontecer no nosso mundo. Se comprar o jornal de hoje é muito provável que encontre informações acerca de `seres iluminados' que asseguram que são a encarnação de Cristo e que vieram para salvar o mundo. Também lerá sobre as últimas guerras suscitadas no Médio Oriente e outras zonas de conflito. Lerá acerca dos últimos rumores de guerras anunciadas por astrólogos lendários como Nostradamus ou outros videntes modernos, se inteirará dos milhares de mortos e milhões de feridos deixados pelo último terramoto em algum lugar do planeta, ficará a par da última epidemia (ou pandemia) que está a atingir todas as partes do globo. Um novo vírus letal criado por acidente num laboratório de prestigio em manipulação genética. Tomará consciência da desolação na Somália, Sri Lanka, onde milhares de inocentes são chacinados ou morrem por falta de alimentos. Lerá sobre a crise económica mundial e da terrível taxa de desemprego que está a provocar angústias, depressão psicológicas isto nos países mais industrializados.
Apesar do incrível cumprimento das palavras de Cristo, devemos ter em conta que embora elas anunciem que Ele vem, estes sinais não são os últimos nem os definitivos. Se leres esta passagem com cuidado notarás que Jesus Cristo disse: "mas ainda não é o fim" e "tudo isto é só o princípios das dores". Isto mostra que ainda faltam algumas coisas por vir, quais são? Leia com atenção a continuação do sermão pregado pelo Senhor Jesus aos discípulos: "Então, vos hão de entregar para serdes atormentados e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão. E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará. Mas aquele que perseverar até o fim será salvo. E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim" (Mateus 24:9-14).
Observe a diferença da primeira parte do sermão de Jesus, neste trecho o Senhor faz alusão directa aos eventos que devem acontecer pouco antes do fim do tempo, pois termina com as palavras "e então vira o fim".
Resumamos estes eventos:
1- O povo de Deus será entregue à tribulação.
2- Se levantará ódio generalizado contra os fiéis e serão perseguidos até a morte.
3- Os homens se odiarão uns aos outros, a maldade se multiplicará e o amor de muitos se esfriará.
4- Falsos profetas se levantarão e enganarão a muitos.
5- O evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações.
Embora muitos intérpretes citem estes quatros pontos como se tratassem de factos isolados, o contexto mostra que eles na realidade, fazem parte de uma mesma profecia, pois o ódio e a falta de amor dos habitantes da terra, somados à obra dos falsos profetas darão como resultado a perseguição e morte daqueles que se levantam para pregar o evangelho do Reino de Deus. Esta conclusão é completamente confirmada por Jesus no livro de Apocalipse.
Nota: O que é descrito na passagem seguinte não é literal em todos os seus aspectos. Apenas mostra, por meio de símbolos, os personagens e os eventos implicados no grande conflito que se desencadeará antes da vinda de Cristo. Leiamos Apocalipse 14:6-16
"6 E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda nação, e tribo, e língua, e povo,
7 dizendo com grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.
8 E outro anjo seguiu, dizendo: Caiu! Caiu babilónia, aquela grande cidade que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição!
9 E os seguiu o terceiro anjo, dizendo com grande voz: se alguém adorar a besta e a sua imagem e receber o sinal na testa ou na mão,
10 também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.
11 E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso, nem de dia de noite, os que adoram a besta e a sua imagem e aquele que receber o sinal do seu nome.
12 Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.
13 E ouvi uma voz do céu, que dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam.
14 E olhei, e eis uma nuvem branca e, assentado sobre a nuvem, um semelhante ao Filho do Homem, que tinha sobre a cabeça uma coroa de ouro e, na mão, uma foice aguda.
15 E outro anjo saiu do templo, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a tua foice e sega! É já vinda a hora de segar, porque a seara da terra está madura!
16 E aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a sua foice à terra, e a terra foi segada" (Apocalipse 14:6-16).
Note que esta passagem de Apocalipse menciona os mesmos elementos de Mateus 24 com uma semelhança impressionante. Comparemos as duas passagens:
Mateus 24:9 diz: "então os entregarão à tribulação, os matarão, e sereis odiados por todos por causa do meu nome" e Apocalipse 14: 12,13. Refere-se aos que tem a fé de Jesus. "Aqui está a paciência dos santos... Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor". A causa de sua morte tem relação directa com a adoração da "imagem" do versículo 9, pois segundo Apocalipse 13:15 a esta haveria de permitir que falasse e fizesse matar a todo o que não a adorasse.
Mateus 24:9,12 assegura que para esta época se haverá "multiplicado a iniquidade" e que o povo de Deus será odiado por "todos". Apocalipse 14:9 fala de uma entidade chamada "a besta", a qual aparece em Apocalipse 13:6-8 "blasfemando contra Deus" e fazendo "guerra contra os santos". E embora pareça inacreditável, "todos os habitantes da terra" chegarão a estar de acordo com ela (vs. 8).
Mateus 24:11 diz que "muitos falsos profetas se levantarão e enganarão a muitos." Apocalipse 14:9 fala acerca da imposição da "marca da besta" e da adoração a esta entidade "e a sua imagem" fatos que precisamente terão sua origem na obra de um falso profeta: "... o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem"(Apocalipse 19:20).
Mateus 24:13 diz que "o que perseverar até o fim será salvo". Apocalipse 14:12, falando do povo de Deus diz: "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus".
Mateus 24:14 ao falar da pregação da última mensagem de misericórdia, diz: "E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo". Apocalipse 14:6 diz: "... o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda nação, e tribo e língua, e povo".
Mateus 24:14 diz que imediatamente depois de pregar-se o Evangelho a todas as nações "virá o fim". Apocalipse 14:16 apresenta esta mesma verdade ao dizer "... e a terra foi ceifada"; pois o Senhor Jesus ensinou em Mateus 13:39 que "a ceifa é o fim do mundo".
Todo o anterior confirma que Apocalipse é, em si mesmo uma extraordinária ampliação dos eventos expostos pelo Senhor Jesus em Mateus 24:9-14 e que na realidade são uma mesma profecia, por meio da qual podemos saber com exactidão quão perto ou quão distante se encontra o "fim do mundo".
É importante ressaltar que apesar da vinda de Jesus estar muito perto, ainda não está "às portas". Somente quando o mundo inteiro se unir contra o povo de Deus, quando se decrete a morte sobre os que se negam prestar adoração a besta e a sua imagem (lembre-se que são símbolos), poderemos saber com certeza que a vinda de Cristo é iminente.
Amigo/a, não permita que o seu coração se angustie e desanime com o que diz esta profecia. É certo que os que se neguem a adorar a besta e a sua imagem serão perseguidos até as últimas consequências, mas também é certo que Deus é nosso Pai, nos ama e não nos deixará sozinhos na prova:"Dizei aos turbados de coração: Esforçai-vos e não temais; eis que o vosso Deus virá com vingança, com recompensa de Deus; Ele virá e vos salvará." (Isaías 35:4).
Ainda se necessário fosse dar a vida por causa da pregação do evangelho, ou se nosso corpo sofresse dor, e aflição nosso coração, tão pouco devemos temer, pois se cultivamos nossa amizade com Jesus e fazemos dele o centro de nossas vidas, finalmente venceremos: "Porque qualquer um que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, mas qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho esse a salvará" (Marcos 8:35).
"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu nisso? (João 11:25,26).
A Bíblia diz, também, que não será necessário que todos os filhos de Deus percam a vida, pois haverá um grande número deles que serão protegidos durante este tempo e verão Cristo voltar sem terem conhecido a morte. O apóstolo Paulo descreve esta verdade de modo que nos anima a colocar nossa esperança no glorioso destino que espera aos que permaneçam firmes e constantes: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras" (1 Tessalonicenses 4:16-18).
• Os personagens que intervirão no conflito final já estão presentes e apenas esperam a oportunidade para tomar seu papel no último grande drama da história deste mundo. É importante que todo aquele que crê na palavra bíblica como única regra de fé e prática, investigue com diligência a quê ou a quem se referia Jesus Cristo nas passagens proféticas de Mateus 24 e Apocalipse.
• Perguntas como: Quem é a besta? Qual será sua marca? Quem é a imagem? Quem é o falso profeta? Quem é a grande Babilónia? Estas são questões sérias, tome atenção. Fique alerta!
Compre uma Bíblia e leia, a Bíblia é a única luz que nos pode iluminar neste dias!
Deus o abençoe em Jesus!

3 de junho de 2009

OS MAIS GRAVES ACIDENTES DA AVIAÇÃO CIVIL

2009-06-01
No dia do desaparecimento sobre o Oceano Atlântico de um Airbus A330 da Air France com 228 pessoas a bordo, eis a lista das mais graves acidentes da aviação civil.
A maior catástrofe de sempre da aviação civil em número de mortes ocorreu, em 1977, nas Canárias: 583 mortos.
27 de Março de 1977: Canárias - Colisão entre dois Boeing 747 no aeroporto de Tenerife fez 583 mortos.
25 de Maio de 1979: Estados Unidos - DC10 da American Airlines despenhou-se após a descolagem em Chicago, fazendo 273 mortos.
19 de Agosto de 1980: Arábia Saudita - 300 mortos no incêndio de um Tristar saudita no aeroporto de Riade.
12 de Agosto de 1985: Japão - Um Boeing 747 da Japan Airlines despenhou-se entre Tóquio e Osaka fazendo 520 mortos.
12 de Dezembro de 1985: Canadá - um DC-8 da Arrow Airlines despenhou-se à partida do aeroporto de Gandar (Terra Nova) fazendo 256 mortos.
11 de Julho de 1991: Arábia Saudita - Um DC-8 da companhia canadiana Nationair explodiu pouco após a descolagem do aeroporto de Jeddah, matando 261 pessoas.
26 de Abril de 1994: Japão - Um Airbus A300-600 da companhia China Airlines, de Taiwan, despenhou-se no aeroporto de Nagoya (centro) fazendo 264 mortos.
08 de Janeiro de 1996: Zaire - Um avião de carga Antonov-32 despenhou-se sobre um mercado do centro de Kinshasa fazendo mais de 300 mortos.
12 de Novembro de 1996: Índia - Colisão em voo em Nova Deli de um Boeing 747 saudita e um Ilyuchin-76 cazaque provoca 349 mortos.
26 de Setembro de 1997: Indonésia - Um Airbus A300 da companhia indonésia Garuda despenhou-se no norte de Samatra, aparentemente devido a fogos florestais, causando 234 mortos.
31 de Outubro de 1999: Estados Unidos - Um Boeing 767 da companhia egípcia Egyptair desapareceu ao largo da costa dos Estados Unidos com 217 pessoas a bordo.
12 de Novembro de 2001: Estados Unidos - Um Airbus A300 da American Airlines despenhou-se após a descolagem sobre o bairro nova-iorquino de Queens fazendo 265 mortos.
25 de Maio de 2002: Taiwan - Um Boeing 747-200 da companhia China Airlines, de Taiwan, despenhou-se no mar, provocando a morte a 225 pessoas.
19 de Fevereiro de 2003: Irão - Um avião militar iraniano Iliuchin despenhou-se no sudeste do Irão matando 275 pessoas.
18 de Julho de 2007: Brasil - Um Airbus A320 da companhia TAM despenhou-se contra um edifício no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, fazendo 200 mortos.

DESTROÇOS DO VOO 447 - AIR FRANCE

Navios recolhem destroços de avião da Air France
03 Junho '09


Brasília confirmou que os destroços encontrados no Atlântico, a mais de mil quilómetros da costa, pertencem ao voo AF 447 ECPAD, EPA
Um navio de patrulha, uma fragata e uma corveta da Armada brasileira asseguram hoje a missão de recolha dos destroços do voo Air France 447 encontrados a 400 milhas (740 quilómetros) a nordeste do arquipélago de Fernando de Noronha. As autoridades francesas, que vão conduzir as investigações ao desastre aéreo, destacaram para o local o navio de exploração submarina "Pourquoi Pas".
A primeira esteira de destroços do Airbus A-330, com cinco quilómetros de extensão, foi detectada na terça-feira por um dos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) envolvidos nas operações de busca. Os dados recolhidos pelo radar do Embraer R-99 seriam mais tarde confirmados pela tripulação de um Hércules C-130. Ao início da noite, o ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim, vinha a público para dizer que não restava "qualquer dúvida" de que os materiais avistados pela FAB pertenciam ao avião da Air France.
Os cinco mil metros de destroços, assinalava ontem o governante brasileiro, foram "suficientes" para a identificação do aparelho. Isto porque "não há como supor que a maré tenha reunido cinco quilómetros de material trazido da praia".
O Estado-Maior das Forças Armadas francesas admitiu esta quarta-feira que deixou de haver espaço para dúvidas quanto à identificação dos destroços encontrados no Oceano Atlântico. A posição das chefias militares de Paris foi deixada à agência France Presse pelo capitão da Armada Christophe Prazuck: "Apesar de a confirmação formal ainda não ter sido obtida, recuperando os destroços e efectuando uma análise técnica, a dúvida deixou de ser permitida".
Navio francês procura caixas negras
Nas últimas horas, um aparelho Atlantique 2 sobrevoou a faixa de destroços encontrada a um milhar de quilómetros da costa continental do Brasil e a cerca de dois mil quilómetros da linha costeira do Senegal.
Um avião AWACS da Força Aérea francesa vai agora acertar as coordenadas dos destroços para facilitar o trabalho de um navio de exploração entretanto destacado por Paris. Equipado com dois robôs submarinos, o "Pourquoi Pas" vai tentar recuperar as caixas negras do Airbus A-330, que poderão estar submersas a milhares de metros de profundidade. Em teoria, aqueles mecanismos estão preparados para emitir durante um mês um sinal de localização até seis mil metros de profundidade.
"A caixa negra não bóia. Teremos que fazer a busca. Estando a grande profundidade, haverá grande dificuldade para encontrá-la", reconheceu o ministro brasileiro da Defesa. As caixas, indicou Nelson Jobim, podem jazer a uma "profundidade que varia entre os dois mil e os três mil metros".
A missão de recolha dos destroços foi confiada a três vasos da Armada do Brasil, que se juntam a outros três navios mercantes desviados para as buscas. Ao longo de mais de 24 horas, as operações foram partilhadas por meios aéreos e navais de Brasil, França, Estados Unidos e Espanha. A base foi montada no pequeno aeroporto da estância turística de Fernando de Noronha, agora ocupado por helicópteros Black Hawk e aviões da FAB.
Investigadores franceses no Brasil
Caberá agora às autoridades francesas conduzirem as investigações sobre as causas do desastre do avião da Air France. Dois peritos franceses encontram-se no Brasil para assegurar as primeiras análises, em coordenação com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos daquele país.
As autoridades francesas colocam a ênfase na necessidade de encarar com prudência as primeiras explicações para o desaparecimento do voo AF 447. Designadamente a tese de uma sequência de avarias eléctricas provocada por condições climatéricas adversas - a última comunicação automática do aparelho para a sede da Air France, a dar conta de um problema eléctrico, foi efectuada numa zona perigosa de convergência entre massas de ar dos hemisférios Norte e Sul.
Diante do Parlamento, em Paris, o primeiro-ministro francês, François Fillon, frisou que por ora "nenhuma hipótese está a ser privilegiada".
Para lá dos radares
O avião da Air France desapareceu na noite de domingo para segunda-feira com 216 passageiros e 12 membros da tripulação a bordo. O voo AF 447 cumpria a ligação entre o Aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro, e o Aeroporto de Roissy-Charles de Gaulle, em Paris.
O último contacto do Airbus foi efectuado mais de três horas após a descolagem, que teve lugar às 19h00 (23h00 em Lisboa). Ao cabo de quatro horas de voo, quando já se encontrava a centenas de quilómetros do raio de alcance da estação de radar mais próxima, o avião terá sido sacudido por turbulência. Cerca de 14 minutos depois, foi emitida uma mensagem automática para a sede da transportadora francesa a reportar uma avaria eléctrica. Foi então que o aparelho deixou de transmitir dados.
O Governo do Brasil já decretou três dias de luto nacional para homenagear as vítimas do desastre do voo Air France 447.