Um relatório do Departamento de Estado americano afirma que
Uganda se transformou num dos principais países de onde saem estas crianças e
cerca de 9 mil delas desapareceram no país nos últimos quatro anos.
A maioria desapareceu de vilarejos nos arredores da capital,
Campala. Muitas delas estariam sendo levadas para a Europa para ser exploradas
ou usadas em rituais de curandeiros.
A reportagem da BBC no Uganda, entrou em contato com Yunus
Kabul, que afirmou que sequestra crianças para curandeiros há anos.
Sem saber que estava a ser filmado por uma câmara oculta da
BBC, Kabul alegou que poderia conseguir até cem crianças e tem contatos em todo
o país.
Num hotel isolado,
Kabul disse que não tem dificuldade em arrumar uma criança pelos meios
oficiais, mas também pode fazer isto de forma ilegal, sequestrando a criança.
Quanto à polícia, Kabul conta que leva a criança para uma
área distante, para que os policias não a encontrem. O preço da operação é de
mais de US$ 15 mil (quase R$ 27 mil) por criança. Neste momento, o repórter da
BBC se retirou da negociação.
O Reino Unido surgiu como um dos principais destinos das
crianças sequestradas na África.
Christine Beddoe, da organização de caridade britânica que
combate o tráfico Ecpat-UK, afirma que os traficantes podem ser qualquer um.
“Podem ser pessoas poderosas, pessoas ricas e também pessoas
envolvidas em bruxaria. O tráfico de crianças envolve curandeiros e outras
pessoas nas comunidades que praticam estes rituais”, afirmou.
Algumas das crianças que foram sequestradas e levadas para a
Grã-Bretanha contam sobre como os curandeiros, ameaçando as vítimas de morte,
fazem cortes nas crianças para extrair o sangue.
A popularidade dos curandeiros está crescendo no Reino
Unido. Centenas fazem propaganda de seus rituais que custam cerca de 350 libras
(mais de R$ 900).
Estes rituais geralmente envolvem ervas, mas alguns envolvem
sangue humano.
Com uma câmara escondida a reportagem da BBC entrou em
contato com dez curandeiros, todos ofereceram poções com ervas. Mas dois deles
também ofereceram rituais envolvendo sangue humano, o que é ilegal.
Um deles entregou uma garrafa, que foi levada para exames e
foi constatado que continha sangue humano, mas não há provas de que tenha sido
extraído contra a vontade do doador.
Fonte: BBC Brasil
Comentário pessoal:
Estes rituais africanos – admitamos – fazem parte de uma cultura milenar. O que
nos parece absolutamente diabólico é que pessoas de outras “culturas” estejam envolvidas neste
assunto. Lamentavelmente, nada é de admirar quando o Diabo está por detrás.
José Carlos Costa
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