17 de março de 2010

TAILÂNDIA EXPRIME O SENTIMENTO PROFUNDO DO POVO: "A DESILUSÃO"


Os "camisas vermelhas" tailandeses, partidários do ex-premier Thaksin Shinawatra, destituído em um golpe de Estado, derramaram simbolicamente litros de sangue diante da residência do atual primeiro-ministro, Abhisit Vejjajiva, nesta quarta-feira, no quarto dia de um movimiento que pretende derrubar o chefe de Governo, mas que parece perder força.
Os partidários de Thaksin Shinawatra, atualmente no exílio, que na terça-feira coletaram 300 litros de sangue para provar a 'devoção à democracia', jogaram as últimas garrafas de plástico com o líquido contra a residência do premier Vejjajiva, que está no poder desde 2008.
Milhares de manifestantes bloquearam a avenida Sukhumvit, uma das mais importantes de Bangcoc, para seguir em direção à casa Vejjejiva, acusado pelos opositores de submissão às elites da capital e que não é considerado um governante legítimo.
A ação foi muito criticada pelo governo, em particular pelo ministério da Saúde, que alertou para os riscos à saúde pública.
Os manifestantes caminharam depois em direção à embaixada americana para protestar contra Washington, depois de boatos não confirmados de que o serviço secreto dos Estados Unidos teria advertido Bangcoc que Thaksin estimularia atos de violência.
Os opositores estão nas ruas pelo quarto dia consecutivo, mas o número de participantes caiu de 100.000 no domingo para 10.000 nesta quarta-feira.
O grande desafio agora parece ser a continuidade de um movimiento que não tem a simpatia dos habitantes de Bangcoc e que se apoia, sobretudo, nas populações rurais do norte e nordeste do país. Muitas pessoas retornaram para suas províncias.
No momento a meta dos protestos, derrubar o atual premier, parece improvável, já que Vejjejiva tem o apoio de uma coalizão parlamentar e das Forças Armadas.

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