30 de março de 2010

A HONRA SUBSTITUÍDA PELA GANÂNCIA

Um cônsul honorário de Portugal na Alemanha está na mira das autoridades alemãs. O homem, cuja nacionalidade se desconhece, é suspeito de ter recebido 1,6 milhões de euros para servir de intermediário no negócio da compra de submarinos à empresa alemã Ferrostal.

O negócio foi formalizado em Novembro de 2003, quando Durão Barroso era Primeiro-ministro e Paulo Portas ocupava o cargo de ministro da Defesa.

O consórcio metalúrgico Ferrostal está a ser investigado pelas autoridades alemãs devido ao pagamento de “luvas” para a obtenção de contratos.

Os investigadores estão, sobretudo, interessados no fornecimento de dois submarinos a Portugal, negócio que a Ferrostal realizou em conjunto com outros dois consórcios.

O contrato, no valor de 880 milhões de euros, foi conseguido com a ajuda de um cônsul honorário de Portugal, que teria recebido 1,6 milhões de euros por ter sido mediador num encontro entre o então Primeiro-ministro português, Durão Barroso, e a administração da Ferrostal.

As autoridades de Munique que estão a investigar o caso têm em seu poder cerca de uma dezena de supostos acordos de consultoria, que poderão ter servido para ocultar as “luvas” alegadamente pagas a políticos do Governo, dos ministérios ou da Marinha portugueses.

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