Washington, 19 dez (EFE).- Os Estados Unidos, que utilizam grande porcentagem de contratados em suas campanhas em Afeganistão e Iraque, terá nos próximos meses mais gente em guerra que nos períodos mais intensos do conflito no Vietnã, aponta um relatório do Congresso.
O Serviço de Investigação do Congresso (CRS), organismo que prepara relatórios para os legisladores americanos, indica que a escalada ordenada pelo presidente Barack Obama para o próximo ano agregará de 26 a 56 mil contratados privados aos mais de 100 mil que já estão no Afeganistão.
O uso de gente do setor privado pode ainda aumentar se a estratégia de Obama realmente incluir um vigoroso programa de construção e infraestrutura.
No fim de setembro passado, os EUA tinham cerca de 280 mil soldados no Afeganistão, Iraque e países vizinhos, segundo números oficiais.
Mas esse número não inclui o pessoal contratado pelo Pentágono para funções como de cozinheiro, motorista, guarda-costas e outros serviços de apoio.
Durante a intervenção americana no Vietnã (1960-1973), essas funções eram cumpridas em grande parte por pessoal militar.
De acordo com o CRS, havia em setembro cerca de 104.100 contratados no Afeganistão e ao redor de 113.700 no Iraque. Caso se leve em conta os soldados que ali estavam no fim do ano fiscal de 2009, em setembro, os EUA contavam com 522.230 homens e mulheres nos dois conflitos.
Nos momentos de maior intensidade da Guerra do Vietnã, entre 1965 e 1968, houve no conflito aproximadamente 500 mil americanos, em sua maioria pessoal militar.
O estudo do CRS assinala que por volta de dezembro de 2008 este tipo de pessoal representava 69% dos que estavam às ordens do Pentágono no Afeganistão, a porcentagem mais alta de civis usada pelo Departamento de Defesa em qualquer conflito da história dos EUA.
Durante o conflito do Vietname havia um civil para cada oito membros das Forças Armadas dos EUA. EFE
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