18 de dezembro de 2009

COPENHAGA CHEGA AO ÚLTIMO DIA SEM ACORDO


COPENHAGUE (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, juntou-se na sexta-feira a outros líderes mundiais na complicada busca por um acordo climático global, no último dia da conferência da ONU em Copenhague.
Negociadores de 193 países passaram a noite trabalhando e chegaram a consensos a respeito de financiamento para o combate à mudança climática e a um limite para a elevação da temperatura mundial. Ainda não há perspectiva de acordo, no entanto, sobre os níveis de reduções para as emissões de gases do efeito estufa.
Um texto-base propõe um fundo de 100 biliões de dólares por ano até 2020 para ajudar os países pobres a lidarem com a mudança climática, e busca limitar o aquecimento a 2 graus centígrados acima dos níveis pré-industriais.
Mas ainda há grandes divergências, e Andreas Carlgren, ministro de Meio Ambiente da Suécia, país que preside a União Europeia neste semestre, disse que só China e EUA, sendo os dois maiores poluidores do mundo, podem destravar o acordo.
"Há profundas diferenças de opiniões e visões sobre como iremos resolver isso. Vamos tentar dar o nosso melhor, até os últimos minutos desta conferência", disse o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt.
Obama chegou na manhã de sexta-feira e iria se reunir reservadamente com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao.
"Ao longo de todo o processo o verdadeiro problema tem sido por um lado os Estados Unidos, que não conseguiram prover (soluções) suficientemente, por outro a China, que proveu menos. E eles têm realmente bloqueado repetidamente o processo, seguidos por um grupo de Estados petroleiros. Essa é a verdadeira diferença, o verdadeiro confronto por detrás disso", afirmou Carlgren.
O objetivo da conferência é definir as bases de um novo tratado para evitar os piores efeitos da mudança climática, como secas, inundações, elevação dos mares e extinção de espécies, em substituição ao Protocolo de Kyoto, que expira em 2012. O evento deve terminar, na melhor das hipóteses, com um acordo político, que servirá de base para um tratado juridicamente vinculante a ser discutido em 2010.

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