15 de março de 2013

'Efeito Ratzinger' elegeu Bergoglio papa, dizem jornais italianos

A curta e "sincera" intervenção de Bergoglio na Congregação do Colégio dos Cardeais, uma semana antes do conclave, em que "falou sobre o rosto da misericórdia de Deus", teria "particularmente impressionado os cardeais".
E, no momento em que a mídia focava seus holofotes sobre o italiano Angelo Scola, o canadense Marc Ouellet e o brasileiro Odilo Scherer, vários cardeias de diferentes continentes, como África e Ásia e mesmo alguns ligados à Cúria italiana, "já tinham decidido votar nele".
 
O nome de Bergoglio já teria aparecido com consistência na primeira votação, na terça-feira.
A partir daí, quando se viu que o nome de Angelo Scola, o candidato que vinha sendo apontado como favorito pela mídia principal, não apresentava "a consistência esperada", Bergoglio foi beneficiado pelo que o jornalista chama de "efeito Ratzinger".
 
A exemplo do que ocorrera no conclave de 2005, a cada rodada, o cardeal argentino foi levando os votos daqueles que viam que seu candidato estava fora do páreo. "Ele levou os votos que estavam indo para Ouellet, Scherer e, finalmente, Scola", diz o artigo.
Em outro jornal, o Corriere della Serra, a vaticanista Antonietta Calabrò diz que, na quinta e derradeira rodada do conclave, Bergoglio teria levado "mais de 90" dos 115 votos.
 
Ela diz que a escolha de Bergoglio seria resultado de um acordo entre os homens da Cúria, citando, especificamente, o decano do Colégio dos Cardeais, Angelo Sodano (que não participou do conclave) e os cardeais Giovanni Battista Re e Tarcisio Bertone, e os cardeais americanos, para que estes tivessem, "finalmente, o papa das Américas".
Nota pessoal: Afinal a nossa exposição estava certa veja.
José Carlos Costa

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