O corpo de elite iraniano da Guarda Revolucionária elaborou
planos para afundar um petroleiro no Golfo e criar assim uma catástrofe
ecológica, afirma a revista alemã Der Spiegel. A revista, que cita fontes dos
serviços de inteligência ocidentais, destaca que o plano ultra-secreto, cujo
nome de código é "Água Suja", pretende impedir a passagem de navios
pelo Golfo, rico em combustíveis, e obrigar os países ocidentais a iniciar uma
gigantesca operação de limpeza.
A Spiegel afirma que a Guarda Revolucionária está convencida
de que isto levaria os países ocidentais a suspender as sanções impostas ao Irão
pelo controverso programa nuclear, que este ano começaram a provocar um forte
impacto na economia iraniana. O plano, elaborado pelo comandante da Guarda, o
general Mohamad Ali Jafari, e pelo almirante Ali Fadavi, chefe da força
marítima da organização, também pretende "punir" os Estados árabes do
Golfo pelo apoio ao Ocidente e a Israel, segundo a revista.
Uma operação de limpeza só poderia acontecer com a ajuda
técnica do Irão, o que exigiria a suspensão temporária das sanções, de acordo
com a publicação. Jafari e Fadavi entregaram o plano ao líder supremo do Irão,
o aiatolá Ali Khamenei, que terá a palavra final sobre a aplicação ou não do
mesmo, destacou a revista.
Nota pessoal: A noção de que o Irão, o quarto maior
exportador mundial de petróleo, deveria ser castigado por escassez interna de
combustível, poderá parecer incongruente, mas a carência de combustíveis não é
nada de novo para os iranianos. Há anos que eles sacrificaram as suas
refinarias em troca de poderem produzir urânio e realizar experiências
atómicas. Ora os americanos e os europeus, têm sucessivamente virado as costas
ao Irão em primazia de Israel, esquecem-se que no compromisso de não refinar
crude o Irão importaria produtos refinados, como a gasolina. O crescimento da
procura de cerca de cinco por cento. Todos os anos o Governo iraniano gasta
dezenas de milhares de milhões de dólares a subsidiar o petróleo, à custa de
enormes perdas operacionais para a companhia iraniana nacional de petróleo
detida pelo Estado. Quem reconhece este esforço? Unicamente Hugo Chávez e mais
alguns amigos. Então não se admirem de vir coisa “suja” do Irão. Rumores e mais
rumores…não tenho tempo, nem quero ser profeta da desgraça, mas preparem-se
porque isto vai acabar mal!
José Carlos Costa
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