Introdução pessoal: Os engenheiros e designers de Detroit
têm muitas respostas a dar. Eles não são os únicos. Estou a falar do mundo
ocidental e a corrida ao ter; ter carros potentes, casas a crédito, ter crédito
sem crédito, ter tudo e não ter nada. Ainda me recordo quando estudante na
Faculdade de Teologia Adventista em França de vir a Portugal. Recordo especialmente
um ano, não me recordo o ano, o meu carro tinha sido comprado em Portugal,
gastei tudo quanto tinha, mas era o único estudante português com carro
comprado em Portugal lá na faculdade!!! Aquele natal decidimos, eu e um colega
meu com carro comprado na Suíça, virmos passar este período com as nossas
famílias, recordo que ele dava-me avanços e depois ficava uma hora à espera que
eu chegasse. Eu ficava ruído de inveja, porque o meu carro só o acompanhava nas descidas e mesmo aí com alguma
dificuldade. O tempo passou e comprei carros melhores, casa e mais não sei
quantas coisas…agora quero vender algumas, como por exemplo o apartamento e na
minha rua todos querem fazer o mesmo. O pior é que em todo o país ninguém
compra e todos querem vender, está tudo ao invés.
Agora, em Portugal, Espanha, Grécia e França, só para
mencionar alguns são aos milhares as pessoas, leia-se milhões que passam mais
tempo nas manifestações que no trabalho. Sabem porquê? Porque não tem trabalho
e estão carregados de dívidas e para cúmulo. Ninguém os ouve. Nem ministros a
quem chamam “ladrões”, nem presidente de governo. Nem eu…para escândalo, leio
esta notícia postada por um colega meu chamado Gilberto Theis, brasileiro. Este
vive lá no país do sol e poem-se em bicos dos pés a postar uma declaração do
presidente Fronçois Hollande. Alguém ouve!?
Pr. José Carlos Costa
Notícia:
O presidente francês, François Hollande, declarou nesta
sexta-feira que seu dever é dizer a verdade e que a crise atual tem uma
gravidade excepcional.
"Meu dever é dizer a verdade aos franceses. Estamos
diante de uma crise de uma gravidade excepcional, uma crise longa que dura mais
de quatro anos e nenhuma potência económica, nem as emergentes, está a
salvo", disse Hollande em um discurso em Chalons-en-Champagne.
"O crescimento desacelera em todas as partes e os
preços das matérias-primas, dos cereais, por razões tanto climáticas como
especulativas, mas também o petróleo, aumentam".
O mandatário disse que a superação das dificuldades
financeiras é "um papel de todos, desde as administrações e os atores
sociais até as empresas e os trabalhadores". "Minha missão é traçar o
caminho que permita a França se levantar".
Hollande também aprovou uma medida para as regiões
francesas, permitindo que os governos locais tomem recursos de fundos europeus
de forma direta e disse que já está pronto um projeto de lei que permitirá ao
Estado ceder terrenos para a construção de moradias [...]
Fonte: (Folha)
Vou deixar de propósito a nota do Pr. Gilberto, só para me
rir…
Nota Gilberto Theiss: "Iraram-se, na verdade, as
nações; então veio a tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos, e o tempo
de dares recompensa aos teus servos, os profetas, e aos santos, e aos que temem
o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a
terra” (Ap 11:18).
A ira das nações poderá ser uma consequência das
dificuldades construídas pelo colapso financeiro, uma vez que tudo neste mundo
é movido pelo dinheiro. Se as ameaças à estabilidade financeira, alimentícia,
energia, combustível ou qualquer outra necessidade se avolumarem, é bem
provável que o sistema que unifica todos em propósitos comuns globais esteja em
processo de naufrágio. Se isto ocorrer, cada nação viverá por si e
consequentemente, a luta pelos recursos, será intensa nos fazendo mergulhar de
volta aos tempos antigos onde nação devorava nação. Bom, parecerá um tanto que
fantasioso se nos esquecermos de como o mundo era regido – pela lei do mais
forte. Não nos esqueçamos do que ocorreu em 2008, que, por causa da crise dos
alimentos, muitos países deixaram de exportar determinados alimentos,
aumentando com isto, a fome nos países mais pobres. Em outras palavras, se uma
crise sobrevier ao mundo ao ponto de ameaçar a segurança das nações, não espere
o solidaria-ismo, pois, não haverá... Rumores de guerra poderá ser, além de
guerra em si, uma guerra ideológica baseada em questões de política nacional,
protecionismos e puramente capitalista. Quem viver verá...
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