Quase todas as centrais nucleares europeias precisam de
melhorias
Os testes à segurança de 145 reactores nucleares na União
Europeia concluíram que quase todas as unidades precisam de melhorias, para
evitar o pior em caso de sismos e inundações, segundo um relatório da Comissão
Europeia divulgado nesta quinta-feira.
Bruxelas avisa que, apesar de “não se justificar o
encerramento de quaisquer centrais nucleares”, nem todos os padrões de
segurança promovidos pela Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) estão
a ser aplicados em todos os Estados-membros.
As actuais normas de cálculo de riscos não são aplicadas em
54 reactores, no respeitante ao risco de sismos, e em 62, no que toca ao risco
de inundações. “O cálculo do risco deve basear-se numa perspectiva a 10 mil
anos, em vez dos períodos muito mais curtos que por vezes se utilizam”, segundo
um comunicado da Comissão Europeia.
Além disso, 121 reactores devem instalar instrumentos in
situ de alerta para a possibilidade de ocorrência de sismos. Trinta e dois
reactores não estão equipados com sistemas confinados de ventilação com filtro
para permitir a despressurização segura do reactor em caso de acidente.
Em 81 reactores da União Europeia, os equipamentos a utilizar
em caso de acidentes graves não estão armazenados em locais protegidos, mesmo
em caso de destruição generalizada, dos quais possam ser rapidamente extraídos.
Outra situação a ser melhorada, desta vez em 24 reactores, é a disponibilização
de uma sala de controlo de emergência, no caso de a sala de controlo principal
se tornar inabitável devido a um acidente.
Em conferência de imprensa, o comissário europeu da Energia,
Günther Oettinger, estimou nesta quinta-feira que as melhorias a realizar
implicarão investimentos de, pelo menos, dez mil milhões de euros mas podem
chegar aos 25 mil milhões de euros. “A situação é, em geral, satisfatória, mas
não podemos ser complacentes”, disse o comissário. “Está em causa a segurança
dos nossos cidadãos”, acrescentou.
Os testes de resistência tinham como objectivo avaliar a
segurança e a robustez das centrais nucleares em caso de fenómenos naturais,
nomeadamente inundações e sismos, e participaram 17 países (os 14 países da
União Europeia com centrais nucleares em funcionamento, e a Lituânia, a Ucrânia
e a Suíça).
Agora, as autoridades reguladoras nacionais deverão elaborar
planos de acção nacionais com calendários de implementação, que serão
divulgados no final de 2012. A Comissão prevê apresentar um relatório sobre a
implementação dessas recomendações em Junho de 2014.
Além destas recomendações, Bruxelas anunciou que prevê
apresentar uma revisão da actual Directiva Segurança Nuclear no início de 2013.
“As alterações propostas centrar-se-ão nas exigências em matéria de segurança,
no papel e nas competências das autoridades reguladoras no domínio nuclear, na
transparência e na monitorização”.
Reflexão pessoal: Antes do acidente na central japonesa, em Março
de 2011, calculava-se que a indústria nuclear representava cerca de 30% do
consumo energético no Japão. Este país asiático tem 54 reatores nucleares, mas
apenas dois estão em funcionamento depois das medidas de segurança adotadas
após o desastre de Fukushima. Na Coreia do Sul na Korea Hydro and Nuclear Power
(KHNP). O perigo é tão grande como o foi em Fukushima e em outros lugares do
mundo onde cidades e populações foram literalmente.
Durante anos passei ao lado de grandes centrais nucleares
tanto em França como em Espanha, é visível da estrada a água verde onde estão
localizadas essas centrais, a água é verde escura, há uma sombra de morte,
aliás, nessas águas não há vida. E são essas águas de rios que as populações
consomem.
Agora, a notícia está aí escarrapachada, as centrais
nucleares da Europa precisam de reparos ou seja que os reatores nucleares sejam
completamente suterrados com betão e ali fiquem a dormir.
No passado, o paradoxo da eficiência foi utilizado como um
argumento, tanto contra a eficiência energética como contra a conservação. Não
é certamente essa a minha intenção.
Mas uma pergunta deve ser colocada: Como vamos enfrentar o
maior desafio energético do nosso tempo, a necessidade de eficiência energética
nunca foi tão grande? Ao mesmo tempo temos a ameaça de morte sobre toda a
humanidade! Que fazer? Não sei. Eu acho que esse caminho nunca deveria ter sido
percorrido. Não vejo as pessoas na sociedade Ocidental ser mais felizes que as
que vivem no meio de África, com todo o respeito, o digo.
Verdade, verdade, é que isto tudo me faz lembrar a tolice
dos homens ao longo da história e em especial a história bíblica, com os casos
do Dilúvio e Babel.
Reparem e reflictam nestes textos bíblicos:
"Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa
sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres não espremidas, nem ligadas, nem
amolecidas com óleo." (Isaías 1 :
6)
"E por causa das suas dores, e por causa das suas
chagas, blasfemaram do Deus do céu; e não se arrependeram das suas
obras." (Apocalipse 16 : 11)
Pois é sempre a mesma coisa, o culpado é Deus. isto dizem os
incrédulos. Os crentes, olham isto como sinais ou rumores do fim. E dizem: “Ora
vem, Senhor Jesus.”
José Carlos Costa
Sem comentários:
Enviar um comentário