8 de outubro de 2012

CENTRAIS NUCLEARES EUROPEIAS UMA AMEAÇA

Quase todas as centrais nucleares europeias precisam de melhorias
Os testes à segurança de 145 reactores nucleares na União Europeia concluíram que quase todas as unidades precisam de melhorias, para evitar o pior em caso de sismos e inundações, segundo um relatório da Comissão Europeia divulgado nesta quinta-feira.
Bruxelas avisa que, apesar de “não se justificar o encerramento de quaisquer centrais nucleares”, nem todos os padrões de segurança promovidos pela Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) estão a ser aplicados em todos os Estados-membros.
As actuais normas de cálculo de riscos não são aplicadas em 54 reactores, no respeitante ao risco de sismos, e em 62, no que toca ao risco de inundações. “O cálculo do risco deve basear-se numa perspectiva a 10 mil anos, em vez dos períodos muito mais curtos que por vezes se utilizam”, segundo um comunicado da Comissão Europeia.
Além disso, 121 reactores devem instalar instrumentos in situ de alerta para a possibilidade de ocorrência de sismos. Trinta e dois reactores não estão equipados com sistemas confinados de ventilação com filtro para permitir a despressurização segura do reactor em caso de acidente.
Em 81 reactores da União Europeia, os equipamentos a utilizar em caso de acidentes graves não estão armazenados em locais protegidos, mesmo em caso de destruição generalizada, dos quais possam ser rapidamente extraídos. Outra situação a ser melhorada, desta vez em 24 reactores, é a disponibilização de uma sala de controlo de emergência, no caso de a sala de controlo principal se tornar inabitável devido a um acidente.
Em conferência de imprensa, o comissário europeu da Energia, Günther Oettinger, estimou nesta quinta-feira que as melhorias a realizar implicarão investimentos de, pelo menos, dez mil milhões de euros mas podem chegar aos 25 mil milhões de euros. “A situação é, em geral, satisfatória, mas não podemos ser complacentes”, disse o comissário. “Está em causa a segurança dos nossos cidadãos”, acrescentou.
Os testes de resistência tinham como objectivo avaliar a segurança e a robustez das centrais nucleares em caso de fenómenos naturais, nomeadamente inundações e sismos, e participaram 17 países (os 14 países da União Europeia com centrais nucleares em funcionamento, e a Lituânia, a Ucrânia e a Suíça).
Agora, as autoridades reguladoras nacionais deverão elaborar planos de acção nacionais com calendários de implementação, que serão divulgados no final de 2012. A Comissão prevê apresentar um relatório sobre a implementação dessas recomendações em Junho de 2014.
Além destas recomendações, Bruxelas anunciou que prevê apresentar uma revisão da actual Directiva Segurança Nuclear no início de 2013. “As alterações propostas centrar-se-ão nas exigências em matéria de segurança, no papel e nas competências das autoridades reguladoras no domínio nuclear, na transparência e na monitorização”.
Reflexão pessoal: Antes do acidente na central japonesa, em Março de 2011, calculava-se que a indústria nuclear representava cerca de 30% do consumo energético no Japão. Este país asiático tem 54 reatores nucleares, mas apenas dois estão em funcionamento depois das medidas de segurança adotadas após o desastre de Fukushima. Na Coreia do Sul na Korea Hydro and Nuclear Power (KHNP). O perigo é tão grande como o foi em Fukushima e em outros lugares do mundo onde cidades e populações foram literalmente.
Durante anos passei ao lado de grandes centrais nucleares tanto em França como em Espanha, é visível da estrada a água verde onde estão localizadas essas centrais, a água é verde escura, há uma sombra de morte, aliás, nessas águas não há vida. E são essas águas de rios que as populações consomem.
Agora, a notícia está aí escarrapachada, as centrais nucleares da Europa precisam de reparos ou seja que os reatores nucleares sejam completamente suterrados com betão e ali fiquem a dormir.
No passado, o paradoxo da eficiência foi utilizado como um argumento, tanto contra a eficiência energética como contra a conservação. Não é certamente essa a minha intenção.
Mas uma pergunta deve ser colocada: Como vamos enfrentar o maior desafio energético do nosso tempo, a necessidade de eficiência energética nunca foi tão grande? Ao mesmo tempo temos a ameaça de morte sobre toda a humanidade! Que fazer? Não sei. Eu acho que esse caminho nunca deveria ter sido percorrido. Não vejo as pessoas na sociedade Ocidental ser mais felizes que as que vivem no meio de África, com todo o respeito, o digo.
Verdade, verdade, é que isto tudo me faz lembrar a tolice dos homens ao longo da história e em especial a história bíblica, com os casos do Dilúvio e Babel.
Reparem e reflictam nestes textos bíblicos:
"Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres não espremidas, nem ligadas, nem amolecidas com óleo."  (Isaías 1 : 6)
"E por causa das suas dores, e por causa das suas chagas, blasfemaram do Deus do céu; e não se arrependeram das suas obras."  (Apocalipse 16 : 11)
Pois é sempre a mesma coisa, o culpado é Deus. isto dizem os incrédulos. Os crentes, olham isto como sinais ou rumores do fim. E dizem: “Ora vem, Senhor Jesus.”
José Carlos Costa

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