«Os tempos estão a mudar.» Assim está intitulado o artigo
que fez capa da revista musical ´Rolling Stone`, tendo o Papa Francisco como
protagonista.
O trabalho é assinado por Mark Binelli, editor assistente da
edição americana da revista, enviado ao Vaticano, que reflete sobre a «gentil
revolução» levada a cabo pelo sumo pontífice, que «tirou o papado do palácio
para levá-lo para as ruas».
O Papa Francisco já tinha estado em destaque nas revistas
Time e Vanity Fair, que o consideraram a personalidade do ano de 2013. Foi
ainda homenageado pela revista gay The Advocate, pela «mudança de retórica» em
relação à homossexualidade.
Recorde-se que Francisco sucedeu a Bento XVI em março do ano
passado, depois de este ter renunciado ao cargo numa decisão inédita.
Reflexão pessoal: A história fornece demasiados exemplos de optimismo
infundado quanto ao declínio da guerra durante épocas passadas em que uma nova
apreciação das vantagens da paz parecia estar a surgir. O livro que mais vendeu
em todo o mundo em 1910 foi A Grande
Ilusão, de Norman Angell, que sustentava que a maior integração económica
que acompanhou a Segunda Revolução Industrial tornara a guerra obsoleta. Menos de
quatro anos depois, na véspera da Primeira Guerra Mundial, Andrew Carnegie, o
Bill Gates da altura, escreveu numa saudação de Novo Ano aos amigos: “Enviamos
esta Saudação de Ano Novo, a 1 de Janeiro de 1914, firmes na fé de que a Paz
Internacional prevalecerá em breve, com várias das grande potências concordando
em resolver os seus conflitos através da arbitragem segundo o Direito
Internacional, e a pena revelando-se assim mais forte do que a espada”. Citei de memória.
Não sei donde veio o pensamento, mas todos estamos
igualmente a viver um tempo de ilusão, melhor uma “gentil revolução”.
José Carlos Costa
Sem comentários:
Enviar um comentário