Na última quinta-feira, 14, um grupo de católicos tradicionalistas, destruíram 19 casas de famílias indígenas evangélicas e incendiaram uma delas, depois de os obrigar a abandonar a comunidade Yashtinin, e o município de San Cristóbal de Las Casa em Chiapas no México.
O único motivo para este ataque é apenas pelo fato dos indígenas não professarem a mesma fé que eles, a fé católica.
Na sexta-feira, o pastor dos evangélicos que deixaram a aldeia, Jesús Felipe Hernández, disse que, dezenas de pessoas com facões e machados destruíram as suas casas e queimaram uma delas. “Tivemos que sair à noite porque estávamos com medo de ficar na comunidade”, disse Hernandez. Acrescentando que o único crime é de “buscar a Jesus e anuncia-lo aos nossos irmãos”.
As diferenças religiosas têm estado presente durante anos na etnia tzotzil, mas cresceu nos últimos dias quando um grupo de católicos ameaçou expulsar do povoado os evangélicos que não rejeitassem a fé evangélica e se submetessem publicamente ao catolicismo e aos seus costumes.
A perseguição foi desencadeada após a celebração de um culto no domingo, 10 de junho, na igreja Maranata, quando os ‘católicos tradicionalistas’ encarceraram os evangélicos numa prisão rural simplesmente por celebrarem um ato religioso, “uma celebração que é permitida pelas leis mexicanas, e pela Bíblia”, recorda Hernández, que após serem libertados no dia seguinte as famílias foram informadas que não tinham o direito de permanecerem na comunidade.
Cerca de 40 indígenas de seis diferentes famílias membros da igreja Maranata, recusaram obedecer a essas exigências, ao que (diz Hernández) os seus adversários católicos lhes deram um ultimato para abandonarem Yashtinin em três dias.
Eles disseram que se não fossem embora por própria vontade “iríamos ser amarrados, queimados vivos e as mulheres e as meninas seriam violadas”, explicar Hernandez.
O pastor Esdras Alonso González, representante evangélico, disse que a recente agressão de católicos tradicionalista a companheiros evangélicos agrava o conflito da intolerância religiosa e tem feito um apelo urgente para as autoridades estaduais atenderem esta e outras comunidades indígenas onde os conflitos religiosos estão a intensificar-se.
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