19 de março de 2011

UM MUNDO; UMA SÓ FORMA DE PENSAR!!!

“É nosso privilégio, como filhos de Deus, reter firme a profissão de nossa fé, sem vacilar. Por vezes o empolgante poder da tentação parece provar ao máximo nossa força de vontade, e parece que exercer fé é de todo contrário a todas as evidências dos sentidos ou da emoção. Nossa vontade, porém, precisa conservar-se ao lado de Deus. Precisamos crer que em Jesus Cristo há perpétua resistência e eficiência. ... Hora a hora precisamos manter triunfantemente nossa posição em Deus, fortes em Sua força.” Mente, Caráter e Personalidade, vol. 2, p. 687

A fusão das empresas de comunicação nas últimas décadas gerou uma pequena oligarquia dos conglomerados de mídia. A TV mostra o que seguimos, a música que ouvimos, os filmes que assistimos e lemos os jornais que são produzidos por cinco empresas. Os proprietários desses conglomerados têm laços estreitos com a elite do mundo e, em muitos aspectos, eles são a elite. Por possuir todos os canais de escoamento, tendo potencial para atingir as massas, esses conglomerados têm o poder de criar na mente das pessoas uma visão do mundo única e coesa, gerando uma padronização "do pensamento humano".
Mesmo os movimentos ou estilos que são considerados marginais são, na verdade, extensões do pensamento mainstream. Nos meios de comunicação de massa surgem rebeldes que acabam por eles próprios serem subornados e “vendem-se” ao sistema. Tornam-se parte da teia; estes são artistas, criações e ideias que se não enquadram no pensamento dominante, se por alguma razão, são muito bons, são aproveitadas estas ideias que eles produzem e as que não interessam ficam em stand by até serem excluídas. De outro modo, são esquecidos pelos conglomerados, o que os torna praticamente inexistentes na sociedade.

Em 1928, Edward Bernays já tinha visto o potencial imenso de filmes para padronizar o pensamento:
O cinema americano é a maior transportadora inconsciente de propaganda no mundo de hoje. É um grande distribuidor de ideias e opiniões. O filme pode padronizar as ideias e os hábitos de uma nação. Porque as imagens são feitas para atender às demandas do mercado, que os reflectem, enfatizam até exagerar as amplas tendências populares, ao invés de estimular novas ideias e opiniões. O filme aproveita apenas as ideias e fatos que estão em voga. Como o jornal pretende com a notícia, o filme/cinema pretende o mesmo objectivo ao nível do entretenimento.
- Edward Bernays, Propaganda

Esses fatos foram classificados como perigosos para a liberdade humana na década de 1930 pelos pensadores da escola de Frankfurt, como Theodor Adorno e Herbert Marcuse. Eles identificaram três principais problemas relacionados com a indústria cultural. A indústria pode:
1. Reduzir os seres humanos ao estado de massa, impedindo o desenvolvimento dos indivíduos emancipados, que são capazes de tomar decisões racionais;
2. Substituir a unidade legítima para a autonomia e auto-conhecimento pela preguiça segura de conformismo e passividade;
3. Validar a ideia de que os homens realmente procuram fugir do mundo absurdo e cruel em que vivem e perderem-se num estado hipnótico de auto-satisfação.

A noção de escapismo é ainda mais relevante hoje, com o advento dos jogos de vídeo online, filmes 3D e home theaters. As massas, constantemente estão à procura de entretenimento, vai recorrer a produtos de alto orçamento que só podem ser produzidos pelas maiores corporações de mídia do mundo. Estes produtos contêm mensagens cuidadosamente calculadas e símbolos que não são nada mais e nada menos do que propaganda divertida. O público foi treinado para AMAR esta propaganda na medida em que ele gasta o seu dinheiro suado para mergulhar nesta ilusão. As propagandas (usada em políticas, culturais e comerciais) não é senão uma forma de comunicação coerciva ou autoritária encontrada nas ditaduras, tornaram-se em sinónimo de diversão e prazer.

No que diz respeito à propaganda, os defensores iniciais da alfabetização universal e a liberdade de imprensa prevista apenas duas possibilidades: a propaganda pode ser verdade, ou ele pode ser falsa. Eles não prevêem o que de fato aconteceu, sobretudo na nossa democracia ocidental capitalista, o desenvolvimento de uma vasta indústria de comunicação de massa, em causa a principal, nem com o verdadeiro nem falso, mas com o irreal, a mais ou menos totalmente irrelevante. Por outras palavras, eles conseguiram levar em conta o homem do apetite com infinita distrações.
- Aldous Huxley, prefácio de Um Admirável Mundo Novo

A única peça de mídia muitas vezes não tem um efeito duradouro sobre a psique humana. Os meios de comunicação social, no entanto, pela sua natureza “omnipresente”, criam um ambiente de vida que evolui diariamente. Este método define a norma que exclui o indesejável.

Foi o surgimento da mídia de massa que possibilitou o uso de técnicas de propaganda em escala social. A orquestração da imprensa, rádio e televisão para criar um processo contínuo, duradouro, torna o ambiente de total influência da propaganda praticamente despercebido, precisamente, porque cria um ambiente constante. A mídia fornece a ligação essencial entre o indivíduo e as demandas da sociedade tecnológica.
- Jacques Ellul

Uma das razões da mídia de massa ter tanto êxito na influência da sociedade é devida à extensa pesquisa em ciências cognitivas e da natureza humana que tem sido aplicado a ele.
“Quando se permite a Satanás moldar a vontade, ele a empregará para realizar seus fins. ... Suscitará as más tendências, despertando paixões e ambições profanas. Diz: "Todo este poder, estas honras e riquezas e prazeres pecaminosos, eu te darei"; as suas condições, porém, são que seja entregue a integridade, embotada a consciência. Assim degrada ele as faculdades humanas, levando-as ao cativeiro do pecado.” Nossa Alta Vocação (Meditações Matinais, 1962), pág. 151.

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