10 de junho de 2013

Estados Unidos Atalaia do Mundo - Denunciados.

foto KACPER PEMPEL/Reuters

Foi um jovem de 29 anos que denunciou
vigilância de comunicações pelos EUA
Edward Snowden, um funcionário de 29 anos numa empresa subcontratada pela defesa americana, foi a fonte das informações confidenciais divulgadas pelo jornal britânico "The Guardian" e pelo americano Washington Post sobre os programas de vigilância de comunicações levadas a cabo pelos EUA, envolvendo nove gigantes da Internet como a Google, o Facebook e a Apple e permitindo o acesso a transferências de ficheiros, mails e chats.
O jovem, ultimamente empregado da Booz Allen Hamilton, depois de ter estado com a Dell, estava há quatro anos na Agência Nacional de Segurança (NSA) americana. Refugiou-se num hotel em Hong Kong, a 20 de Maio, para proceder às revelações, tornadas públicas na semana passada.
Agora, decidiu deixar de esconder-se e deu uma entrevista ao The Guardian, por entender que não fez "nada de mal". "O meu único objetivo é o de informar as pessoas sobre aquilo que é feito em nome delas e aquilo que é feito contra elas".
Perante o anúncio das autoridades americanas quanto a um inquérito à origem da fuga de informação, Snowden acredita não poder regressar aos EUA.
O jovem tinha uma vida confortável no Havai, onde tinha uma carreira estável e uma namorada que deixou para se refugiar em Hong Kong. Escolheu aquele país por acreditar ser um dos poucos lugares no mundo que pode e efetivamente resiste às ordens do governo dos EUA.
"Estou disposto a sacrificar tudo isto porque não posso, em boa consciência, deixar o governo americano destruir a vida privada, a liberdade da Internet e as liberdades essenciais para as pessoas em todo o mundo com este enorme sistema de vigilância que está secretamente a construir".
Na semana passada, soube-se da existência de dois programas secretos da NSA. Um deles envolve a recolha de dados de chamadas telefónicas do operador Verizon, nos EUA, desde 2006.
O outro é o PRISM, que interceta as comunicações de utilizadores da Internet fora dos EUA em nove grandes redes sociais.
Comentário: No grandioso e antigo documento que aqueles homens estabeleceram como a carta de seus direitos - a Declaração de Independência - afirmavam: "Consideramos como verdade evidente que todas as pessoas foram criadas iguais; que foram dotadas por seu Criador de certos direitos inalienáveis, encontrando-se entre estes a vida, a liberdade e a busca da felicidade." E a Constituição garante, nos termos mais explícitos, a inviolabilidade da consciência: "Nenhum requisito religioso jamais se exigirá como qualificação para qualquer cargo de confiança pública nos Estados Unidos." "O Congresso não fará nenhuma lei que estabeleça uma religião ou proíba seu livre exercício."
"Os elaboradores da Constituição reconheceram o eterno princípio de que a relação do homem para com o seu Deus está acima de legislação humana, e de que seus direitos de consciência são inalienáveis. Não foi necessário o raciocínio para estabelecer esta verdade; temos consciência dela em nosso próprio íntimo. É essa consciência que, em desafio às leis humanas, tem sustentado tantos mártires nas torturas e nas chamas. Sentiam que seu dever para com Deus era superior às ordenanças humanas, e que nenhum homem poderia exercer autoridade sobre sua consciência. É um princípio inato que nada pode desarraigar." - Documentos do Congresso (Estados Unidos da América do Norte).
Quando os Estados Unidos, o país da liberdade religiosa, se aliar com o papado, a fim de dominar as consciências e impelir os homens a reverenciar o falso sábado, os povos de todos os demais países do mundo hão de ser induzidos a imitar-lhe o exemplo. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 373.
Os adventistas do sétimo dia travarão a batalha pelo sábado do sétimo dia. As autoridades nos Estados Unidos e em outros países se levantarão em seu orgulho e poder, e farão leis para restringir a liberdade religiosa. Manuscrito 78, 1897.
Não há a menor dúvida que estamos no tempo limite da liberdade de consciência. Aqui vai um claro reconhecimento para este jovem (Edward Snowden) que diz: "Estou disposto a sacrificar tudo isto porque não posso, em boa consciência, deixar o governo americano destruir a vida privada, a liberdade da Internet e as liberdades essenciais para as pessoas em todo o mundo com este enorme sistema de vigilância que está secretamente a construir".
 Negrito nosso
José Carlos Costa

Sem comentários:

Enviar um comentário