27 de abril de 2013

O Terceiro Segredo revela o Grande Castigo

pelo Padre Paul Kramer, B.Ph., S.T.B., M.Div., S.T.L. (Cand.)

O falecido Padre Malachi Martin disse, na sua última entrevista no Art Bell Show (1998), que havia qualquer coisa chocante e horrível no Terceiro Segredo de Fátima. Não é a aniquilação de nações, uma guerra nuclear ou perseguição sangrenta à Igreja. É algo de muito pior. O Papa Pio XII referiu-se a isto quando declarou em 1945: "O mundo está à beira de um precipício assustador... Os homens devem preparar-se para um sofrimento tal como a humanidade nunca viu". O Terceiro Segredo é apocalíptico e portanto corresponde aos textos escatológicos da Sagrada Escritura. Foi isto que o Cardeal Ratzinger indicou, quando revelou que o Segredo diz respeito aos ‘novissimi’ – as ‘últimas coisas’, e corresponde ao que está revelado na Sagrada Escritura.

 
       Quando fizeram perguntas na Alemanha ao Papa João Paulo II sobre o Terceiro Segredo, ele disse que "devemos estar preparados para passar por grandes provações num futuro não muito distante, provações essas que exigirão que estejamos prontos a dar as nossas vidas..."1 Quando o Papa João Paulo II ainda era o Cardeal Wojtyla, tratou deste tema durante uma visita aos Estados Unidos em 1976:
        "Estamos agora deparados com a maior confrontação histórica por que passou a humanidade. Não creio que grande parte da sociedade americana, ou grande parte da comunidade cristã, esteja a compreender bem isto. Estamos agora a ver a confrontação final entre a Igreja e a anti-Igreja, entre o Evangelho e o anti-Evangelho.2 É uma provação que a Igreja deve enfrentar".
        Este é o núcleo do Terceiro Segredo de Fátima.
       Toda a fúria do inferno desencadear-se-á sobre a terra para tentar destronar Cristo Rei e instalar satanás no Seu lugar – será a culminação do ‘mistério da iniquidade’ representada na imagem da Torre de Babel – o apocalíptico ‘mistério da Babilónia’: a falsa ‘igreja’, a ‘igreja da heresia’ e o seu ‘papa’. As antigas perseguições dos romanos são insignificantes em comparação com os horrores que acontecerão nesta grande ‘tribulação’ que Nosso Senhor profetizou nos Santos Evangelhos e Pio XII predisse que estava muito perto. Este é o coração, o núcleo do Terceiro Segredo.
        Parece que a consagração da Rússia não será feita a tempo de impedir a tribulação do Grande Castigo, que foi prevista universalmente nas profecias dos santos desde os tempos dos antigos Padres. Todavia, será feita a tempo de impedir a consumação do ‘mistério da iniquidade’. Nosso Senhor Jesus Cristo anunciou que o príncipe deste mundo foi derrubado do seu trono, que, portanto, nunca mais poderá restaurar. O reino de satanás será destruído antes de se estabelecer por completo, e assim a Torre de Babel nunca será completada.
        Com base nas conclusões a que cheguei depois de estudar a profecia católica desde 1970, creio que a Grande Apostasia, profetizada nas Escrituras e no Terceiro Segredo de Fátima, será formalizada sob o poder do antipapa que S. Francisco de Assis anunciou, durante o pontificado do sucessor imediato do Papa João Paulo II, que terá que fugir de Roma e não estará numa situação que lhe permita fazer a consagração. Será o Papa que lhe suceder, segundo a minha opinião (e de acordo com a profecia do estigmatizado romano Antonio Ruffini), o segundo Papa depois de João Paulo II, quem finalmente consagrará a Rússia ao Imaculado Coração de Maria, juntamente com todos os bispos do mundo. A Rússia converter-se-á. O Seu Coração Imaculado triunfará. Uma grande multidão de tradicionalistas russos entrará na Igreja Católica. A Rússia converter-se-á e a Igreja voltará às Suas tradições. Haverá paz. Mas isto sucederá depois do castigo.
        Pouco antes da Primavera de 1991, quando visitei Fátima, Nossa Senhora revelou à Irmã Lúcia (segundo uma fonte de muita confiança em Fátima) que o Terceiro Segredo seria revelado durante uma grande guerra. O Terceiro Segredo ainda não foi completamente revelado, como até o próprio Cardeal Ratzinger admitiu numa conversa particular com uma pessoa de língua alemã, amigo pessoal de longa data do Papa João Paulo II (e que eu conheço pessoalmente), que o confrontou com a alegada publicação de "todo" o Terceiro Segredo. Ratzinger respondeu: "De facto, isso não era tudo". O Terceiro Segredo será revelado, mas será tarde: só depois de se ter desencadeado a próxima guerra mundial.
        A profanação de igrejas e santuários católicos por cultos pagãos e a mistura da religião verdadeira com falsas religiões é o sinal de que o castigo virá num futuro imediato. A profanação do santuário, do Local Sagrado de Deus, é um acto sacrílego e blasfemo de impiedade que, em estrita justiça, exige um castigo imediato. Por isso, Deus, para continuar a ser justo, não pode continuar a ser paciente na presenção das abominações sacrílegas que estão agora a acontecer em igrejas e santuários católicos. É precisamente para esta espécie de pecados que Deus declara: "Portanto, também os tratarei com a Minha ira; o Meu olho não os poupará, não Me compadecerei deles... nem terei compaixão alguma; sobre a sua cabeça farei recair as suas obras" (Ezequiel 8:18, 9:10).
Notas:
(1) Cf. Stimme des Glaubens de Novembro de 1980.
(2) "Notable and Quotable", Cardeal Karol Wojtyla, no Wall Street Journal de Novembro de 1978.
 
Convido o leitor a ler o seguinte trecho – na perspectiva católica – ou seja, de picar o papa Francisco para uma reforma litúrgica e pior ainda provocar uma perseguição à Igreja que tem o Evangelho Eterno.
 Igualmente, Ratzinger tinha a promoção da Liturgia como um apostolado pessoal e era conhecido pelo seu zelo impecável em tudo o que concerne ao culto divino. Bergoglio, até onde me conste, embora celebre dignamente, não parece ter preocupações especiais com a “Reforma da Reforma” e penso que não podemos ter quanto a ele grandes expectativas nessa seara. Agora há pouco, na sua primeira Missa como Papa, Francisco colocou uma mesa na Capela Sistina para celebrar versus populum. O Mons. Marini ainda está ao lado dele, mas penso que isso também é temporário; provavelmente o Cerimoniário Pontifício será substituído. Precisamos rezar. Acho pouco provável que voltemos aos piores pesadelos litúrgicos da época de João Paulo II, mas infelizmente penso que tampouco iremos nos embevecer com a sacralidade do ethos de Bento XVI. De novo, faríamos um bem enorme às nossas almas e à nossa sanidade mental se, desde já, depuséssemos as nossas expectativas de grandiosidade nas liturgias pontifícias, pela qual – ao que parece – o Papa Francisco tem pouco interesse. Esse defeito ele tem; suportemo-lo, que não é heresia nem apostasia nem cisma e, portanto, o Papa não é menos Papa por conta da ênfase que dá ou deixa de dar ao tema da Liturgia no seu pontificado. Suportemo-lo e rezemos pelo Papa.
Não esquecer que ambas as fontes são católicas romanas.

1 comentário:

  1. Falar a uma só voz é que é dificil. A Igreja Adventista do 7.º Dia, precisa de assumir disciplina nos anúncios acerca de assuntos de profecía.

    ResponderEliminar