O canal de televisão local KWTX chegou a avançar com um
número de mortos entre os 60 e os 70, com base em dados facultados por George
Smith, diretor dos serviços de urgência da localidade de West, a norte de Waco,
perto da qual está localizada a fábrica. A CNN, por seu lado, falou em apenas
dois mortos e em mais de 100 feridos.
A explosão lançou no ar uma bola de fogo de cerca de 30
metros. "É como se tivesse explodido uma bomba nuclear", disse à CNN
Tommy Muska, presidente da câmara de West, localidade de cerca de duas mil
pessoas, na qual aconteceu a explosão.
"O balanço é de entre cinco e 15 mortos",
anunciou, nove horas após a explosão, o porta-voz da polícia local, o sargento
W. Patrick Swanton, acrescentando, porém, que os números poderão aumentar.
Entretanto, o Centro americano de geofísica (USGS) indicou
que a explosão na fábrica da zona de Waco ficou registado com a mesma força de
um sismo de magnitude 2,1. Segundo os especialistas, citados pela AFP, a
explosão foi sentida até 80 quilómetros de distância do local onde aconteceu.
Segundo o 'Washington Post', um sismógrafo instalado em Amarillo, no Texas, a
cerca de 650 quilómetros de distância do local, também detetou igualmente a
explosão.
De acordo com o jornal local 'Waco Tribune', a explosão
ocorreu às 19:50 (01:50 em Lisboa) na fábrica West Fertilizer e foi tão forte
que provocou incêndios em vários edifícios nas proximidades.
A causa da explosão está ainda por determinar. Mas acontece
apenas dois dias depois de duas explosões terem feito três mortos e 180 feridos
durante a maratona de Boston. Os autores da ação, que foi perpetrada com bombas
fabricadas artesanalmente em panelas de pressão, ainda não foram detidos e o
próprio Presidente dos EUA, Barack Obama, disse não haver ainda uma pista
concreta sobre a autoria e a motivação.
Nota pessoal: Impressionaram-me as palavras do mayor de
Waco, “…há muitas pessoas que ficaram feridas. Muitas pessoas não estarão cá
amanhã.” Querendo dizer que durante o dia de hoje muitos iriam morrer. Existe um
tipo de ordem social caracterizada por uma forma de agressão que até agora não tínhamos
encontrado: é a luta colectiva de uma comunidade contra outra. Por isso este
género de ordem social fornece-nos um modelo apto a tornar visíveis certos
perigos que nos ameaçam a nós próprios.
No que diz respeito ao comportamento para com os membros da
sua própria sociedade, os animais alguns animais são dóceis e protectores, mas
transformam-se em verdadeiras fúrias quando lidam com membros de uma sociedade
diferente da sua.
Sabe-se há muito tempo que as abelhas, térmites ou formigas
que constituem uma superfamília se conseguem conhecer umas às outras pelo
cheiro característico da colmeia, do ninho ou do formigueiro, e que há mortos e
feridos quando um membro de uma colónia estranha aí penetra por descuido ou – o
que é pior ainda – quando um experimentador humano faz a desumana experiência
de misturar duas colónias diferentes.
Será que o mundo está dividido em comunidades diferentes? Será
que perdemos o cheiro próprio a uma comunidade de seres humanos? Sim, reparem
bem o que se passa no mundo: árabes contra árabes, cristãos contra cristãos,
partidos contra partidos, parece haver um verdadeiro choque eléctrico que
percorre a comunidade uma contra a outra! Perdemos o cheiro? Estamos desorientados
e destruímos todos os que não fazem parte da nossa alcateia.
Isto passou-se no céu: “E houve batalha no céu; Miguel e os
seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos; Mas
não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus.” Apocalipse 12:7 e 8.
Esta breve resenha da rebelião de um anjo no céu, contra o Criador e que inicia
o conflito cósmico, estende-se à Terra. Este anjo não é outro senão Lucifer, ou
seja, o chefe dos anjos, ele como todos os seres angelicais e humanos criados
para agir em liberdade responsável, revolta-se contra o Criador crendo usurpar
o Seu lugar. Que paradoxo? Que loucura? Anjos ficaram “feridos” e o amanhã para
eles acabará. Os seres humanos foram induzidos à mesma rebelião e
consequentemente também eles são “feridos” e alguns assim como os anjos
morrerão para sempre.
Para terminar com este ódio e guerra entre comunidades seria
necessário, é premente que todos os seres humanos no contexto da liberdade
tenham a oportunidade de conhecer Miguel, grego Mijaêl, uma transliteração do
hebraico mika`el, que siginifica “quem é semelhante a Deus?” Aquele que veio
incarnar no ventre da Virgem Maria, tornar-se homem e viver sem rebelião, em
liberdade responsável. Assim, trazer a reconciliação entre povos, partidos e
religiões. Ele é o único capaz da reconciliação de relligare.
José Carlos Costa
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