Toda a imprensa israelita questiona o futuro do Egito com Mohamed Morsi como presidente. «Escuridão no Egito» é o título do Yediot Aharonot. O jornal mais popular do país escreve que Israel está preocupado com a ascensão ao poder de um islamista extremista no Egito.
"Vitória perigosa" é o título do editorial deste diário, no qual se destaca o facto de o sucessor de Hosni Mubarak ter presidido a uma comissão que lutava contra a ocupação sionista e que apoia a causa palestiniana.
O jornal Maariv, do centro direita, escreve na primeira página "O medo tornou-se realidade. A Irmandade Muçulmana está no poder no Egito", acrescentando ainda «que o tratado de paz está em dúvida».
No Jerusalem Post, um especialista em assuntos militares considera que nada vai mudar a curto prazo no Egito. O novo presidente enfrenta desafios urgentes como uma guerra com o Estado judaico.
O Diário Haaretz dedica a primeira página às eleições deste fim de semana, sublinhando" a ansiedade que o presidente islâmico despertou em Israel e no Egito".
Um pouco por todo o mundo chegam reações à vitória de Mohamed Mors. A União Europeia apelou ao novo presidente para que governe de forma inclusiva e represente a diversidade do país. O secretário geral das Nações Unidas apelou a Morsi para que não poupe esforços no sentido de implementar a democracia no país.
Paris e Londres saúdam esta vitória e apelaram para a continuação das reformas democráticas. O Irão, que desde 1980 tinha cortado relações diplomáticas com o Egito, também saudou a vitória de Mohamed Morsi.
Nota pessoal: A venenosa guerra que dura há sessenta anos por causa da Palestina começou como uma questão marcadamente secular. Muitos dos sionistas pioneiros do principio do século XX viam no Médio Oriente uma fuga à religiosidade sofocante da vida provinciana da Europa Ocidental. Mesmo depois do Holocausto, o novo "Estado judaico" considerou, a princípio, a religião como um passatempo: depois da fundação do Estado de Israel, em 1948, o secular David Ben-Gorion concordou que a lei rabínica prevaleceria em questões como o casamento e o divórcio, em parte porque presumiu que os ortodoxos iriam diluir-se. Do lado da Palestina, muitos dos líderes da OLP eram socialistas cristãos; no Egito, o defensor do nacionalismo árabe, Nasser, atuou de forma severa contra os radicais da Imandade Muçulmana. Hoje em dia, na era do Hamas, dos colonos judeus e dos sionistas cristãso, o conflito israelo-palestino tornou-se uma batalha muito mais polarizada e sectária, cada vez com mais gente a afirmar que Deus está do se lado. E agora, o que se vai passar com a Irmandade Muçulmana no poder no Egito e ...RUMORES DO FIM, SEM DÚVIDA!
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