"Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e os destruiu a todos." (Luc. 17:17).
Um grupo de cerca de cem homossexuais espanhóis anunciou a criação da primeira comunidade religiosa para gays, lésbicas, bissexuais e transexuais – a Primeira Igreja Protestante Inclusiva. O grupo se define como “uma organização evangélica que não pretende discriminar ninguém por opção sexual ou credo” e pretende formar pastores, oferecer cultos e casar homossexuais, inclusive ateus. Os criadores da igreja afirmaram que já têm preparados os estatutos da nova instituição e pedirão, ainda esta semana, a inscrição na Direcção Geral de Assuntos Religiosos do Ministério da Justiça da Espanha. Este pedido pode iniciar uma disputa legal com a Federação Espanhola de Igrejas Evangélicas, organização que reúne as 2,3 mil organizações que professam esta religião no país.
“A princípio não damos crédito a essa notícia. Eles primeiro têm que demonstrar que realizam actividades religiosas e aí veremos se o Ministério de Justiça admite ou não o pedido”. “
“Se forem aceitos e usarem o nome Evangélico, protestaremos com medidas legais, porque seria um uso indevido”, disse à BBC Brasil o director da Federação Espanhola de Igrejas Evangélicas, Jorge Fernández.
Casamento gay
A Federação Evangélica anunciou em 2005 a sua oposição ao casamento entre homossexuais, aprovado neste ano na Constituição espanhola. A Conferência Episcopal da Espanha também foi contra a aprovação do casamento entre homossexuais e critica a nova igreja gay.
“Para começar, não sei como dizem que formarão novos sacerdotes, porque os evangélicos não possuem ordem sacerdotal, mas um pastor que dirige a oração”, disse o responsável pelo grupo de ecumenismo da Conferência Episcopal, Vicente Sastre.
“É certo que algumas comunidades anglicanas americanas ordenaram sacerdotes homossexuais, mas houve tanto conflito e polémica que estes grupos estão a ponto da ruptura. Em todo caso, a igreja católica tem uma postura clara sobre este assunto baseada no Novo Testamento”. Apesar das críticas, o Grupo Gay Evangélico da Espanha pretende insistir com a nova igreja.
“Seremos a mais democrática das igrejas. Não é um projecto mediático, mas necessário, porque 99% das igrejas evangélicas espanholas nos impedem de receber os sacramentos e muitas delas nem nos deixam entrar”, afirmou o porta-voz do grupo, Andrés de la Portilla.
Reuniões secretas
“Além disso, essa nova instituição ajudaria a acabar com muitas mentiras e hipocrisias, principalmente dentro de ambientes religiosos”, completou. Segundo o porta-voz, o Grupo Gay Evangélico existe há 20 anos, mas ainda há muitas ameaças e represálias “tanto de sectores eclesiásticos como laicos”. Por isso as reuniões sempre são secretas, e o endereço definitivo da nova igreja só será anunciado quando as medidas legais e de segurança estiverem garantidas. O que está confirmado é que a igreja ficará sediada na cidade valenciana de Sagunto, no litoral mediterrâneo, por sua localização estratégica, próxima a lugares frequentados abertamente por gays como Ibiza e Barcelona.
Fonte: BBC
Um grupo de cerca de cem homossexuais espanhóis anunciou a criação da primeira comunidade religiosa para gays, lésbicas, bissexuais e transexuais – a Primeira Igreja Protestante Inclusiva. O grupo se define como “uma organização evangélica que não pretende discriminar ninguém por opção sexual ou credo” e pretende formar pastores, oferecer cultos e casar homossexuais, inclusive ateus. Os criadores da igreja afirmaram que já têm preparados os estatutos da nova instituição e pedirão, ainda esta semana, a inscrição na Direcção Geral de Assuntos Religiosos do Ministério da Justiça da Espanha. Este pedido pode iniciar uma disputa legal com a Federação Espanhola de Igrejas Evangélicas, organização que reúne as 2,3 mil organizações que professam esta religião no país.
“A princípio não damos crédito a essa notícia. Eles primeiro têm que demonstrar que realizam actividades religiosas e aí veremos se o Ministério de Justiça admite ou não o pedido”. “
“Se forem aceitos e usarem o nome Evangélico, protestaremos com medidas legais, porque seria um uso indevido”, disse à BBC Brasil o director da Federação Espanhola de Igrejas Evangélicas, Jorge Fernández.
Casamento gay
A Federação Evangélica anunciou em 2005 a sua oposição ao casamento entre homossexuais, aprovado neste ano na Constituição espanhola. A Conferência Episcopal da Espanha também foi contra a aprovação do casamento entre homossexuais e critica a nova igreja gay.
“Para começar, não sei como dizem que formarão novos sacerdotes, porque os evangélicos não possuem ordem sacerdotal, mas um pastor que dirige a oração”, disse o responsável pelo grupo de ecumenismo da Conferência Episcopal, Vicente Sastre.
“É certo que algumas comunidades anglicanas americanas ordenaram sacerdotes homossexuais, mas houve tanto conflito e polémica que estes grupos estão a ponto da ruptura. Em todo caso, a igreja católica tem uma postura clara sobre este assunto baseada no Novo Testamento”. Apesar das críticas, o Grupo Gay Evangélico da Espanha pretende insistir com a nova igreja.
“Seremos a mais democrática das igrejas. Não é um projecto mediático, mas necessário, porque 99% das igrejas evangélicas espanholas nos impedem de receber os sacramentos e muitas delas nem nos deixam entrar”, afirmou o porta-voz do grupo, Andrés de la Portilla.
Reuniões secretas
“Além disso, essa nova instituição ajudaria a acabar com muitas mentiras e hipocrisias, principalmente dentro de ambientes religiosos”, completou. Segundo o porta-voz, o Grupo Gay Evangélico existe há 20 anos, mas ainda há muitas ameaças e represálias “tanto de sectores eclesiásticos como laicos”. Por isso as reuniões sempre são secretas, e o endereço definitivo da nova igreja só será anunciado quando as medidas legais e de segurança estiverem garantidas. O que está confirmado é que a igreja ficará sediada na cidade valenciana de Sagunto, no litoral mediterrâneo, por sua localização estratégica, próxima a lugares frequentados abertamente por gays como Ibiza e Barcelona.
Fonte: BBC
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