Cidade do Vaticano, 02 dez 2013 (Ecclesia) – O Papa
Francisco recebeu hoje em audiência o primeiro ministro de Israel, Benjamin
Netanyahu, onde falaram sobre relações bilaterais, a situação no Médio Oriente
e o “projeto de peregrinação” do Papa à Terra Santa.
O encontro entre o Papa e o primeiro ministro de Israel
centrou-se nas negociações de paz entre israelitas e palestinianos, na
esperança de que o possam alcançar “o mais rapidamente possível”, com uma
solução “justa e duradoura respeitando os direitos” de ambos as partes, informa
o comunicado da Sala de Imprensa do Vaticano.
O documento refere que Francisco e Netanyahu conversaram
sobre o “projeto de peregrinação” do Papa à Terra Santa, abordaram questões
sobre a relação entre as autoridades estatais e as comunidades católicas e
também sobre a relação entre os dois Estados, a Santa Sé e Israel, na
expetativa que o “Acordo Fundamental” seja concluído brevemente.
Durante o encontro foi abordada a “complexa” situação
política e social do Médio Oriente, acrescenta o comunicado.
Depois do encontro com o Papa, Benjamim Netanyahu reuniu-se
com D. Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, e com o subsecretário
para as Relações com os Estados, o arcebispo Antoine Camilleri.
O encontro de hoje foi o segundo do primeiro ministro de
Israel com um Papa, depois de ter estado com o agora Papa emérito Bento XVI, em
Nazaré (Terra Santa), em maio de 2009
Nesse encontro, durante a visita de Bento XVI à Terra Santa,
foram também abordados assuntos relativos à Comissão Bilateral que existe entre
Israel e a Santa Sé para a “aplicação do Acordo Fundamental”, recorda o portal
news.va.
Esta comissão foi criada em 1993, antes de firmadas as
relações diplomáticas em junho de 1994.
CB/PR
Fonte: http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=98000
Comentário: As relações diplomáticas com Israel são
estratégicas para a Igreja Católica. Esse é um país onde se santifica o sábado,
e é evidente que a Santa Sé deseja derrubar o vínculo dos judeus com o quarto
mandamento. Conseguindo isso, os Adventistas do Sétimo Dia ficam a sós no
mundo, com mais algumas outras pequenas igrejas e seitas, aparentemente em
desvantagem nesse aspecto. É relevante para a Igreja Católica ter Israel do seu
lado em forma de aliança política que introduza o domingo naquele país, pois se
Israel abandonar o sábado, seria um gigantesco poder contra os adventistas.
Isso não será fácil mas é a tendência. O problema a favor do sábado são os
judeus ortodoxos. Diz-se que o sábado foi dado aos judeus e o domingo aos
cristãos. Na verdade o sábado foi dado à humanidade, pois foi instituído na
semana da criação. Assim sendo, seria grande vitória para a causa do domingo se
Israel aceita-lo, ou ao menos admiti-lo.
Ler mais: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/12/primeiro-ministro-de-israel-oferece-livro-de-seu-pai-ao-papa.html
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