11 de dezembro de 2013

Papa é escolhido "personalidade do ano" pela revista Time - Senhor da Consciência


Capa da revista americana Time
é estampada com foto do Papa Francisco,
escolhido "personalidade do ano" pela publicação
(Foto: AP Photo)
Para a publicação, Francisco tornou-se uma "nova voz de consciência" em todo o mundo

O Papa Francisco foi escolhido como a "personalidade do ano" pela revista americana Time. De acordo com a publicação, a escolha foi motivada pelo "foco na compaixão" do pontífice argentino, que tornou-se "uma nova voz de consciência" em todo o mundo.  "Poucas vezes, um novo ator do cenário mundial captou tanta atenção de maneira tão rápida --de jovens e velhos, crentes e céticos-- como fez o papa Francisco", diz a publicação. "Em nove meses no trono, Francisco se colocou no centro das principais conversas de nossa época: sobre riqueza e pobreza, imparcialidade e justiça, transparência, modernidade, globalização, o papel da mulher, a natureza do matrimónio, as tentações do poder."
Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, foi escolhido no dia 13 de março deste ano em um conclave, como sucessor do Papa Bento XVI – que renunciou em fevereiro, em um ato inédito na história, ao posto máximo da hierarquia da Igreja Católica. Primeiro latino-americano e primeiro jesuíta a ser eleito Papa, Francisco mostrou, desde o início do pontificado, um estilo próprio, de humildade e sem pompas, em uma tentativa de reaproximar a Igreja de seus fiéis.
Papa Francisco cumprimenta fiéis ao chegar
para a audiêncial semanal realizada às quartas-feiras,
 na Praça São Pedro, Vaticano (Foto: EFE/Claudio Peri)
Papa Francisco foi escolhido "personalidade do ano" entre uma lista de dez figuras importantes que tiveram destaque no cenário internacional ao longo deste ano de 2013. Em segundo lugar, aparece o ex-consultor da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos Edward Snowden, que revelou ao mundo o programa secreto de espionagem do governo americano. O pontífice argentino também concorria com o presidente da Síria, Bashar al-Assad, o fundador da Amazon, Jeff Bezos, o senador americano Ted Cruz,  a cantora Miley Cyrus, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o presidente do Irã,  Hasan Rowhani, a secretária de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Kathleen Sebelius, e a ativista pelos direitos dos homossexuais Edith Windsor.
No ano passado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, encabeçou a lista, que é feita tradicionalmente todos os anos desde 1927.

Nota pessoal: A humanidade sempre passou por crises, quer religiosas, quer morais, políticas ou económicas. Desde que o capitalismo tomou o poder, a crise até parece ser o seu estado natural.
Contudo, toda a gente percebe que estamos a sofrer um abalo tremendo, que uma grande depressão nos ameaça, como uma surpresa desagradável, num mundo cheio de promessas; e qualquer um de nós advinha que, de certa maneira, qualquer coisa de muito profundo, no nosso modo de vida e maneira de pensar, está confusamente a mudar.
E então? Nesta crise, os poderes políticos, entre outros poderes não têm dado resposta a esta espetativa do homem. Assim, não é de admirar que a revista Time tenha escolhido o papa Francisco para “personalidade do ano”. O mundo inteiro está de acordo? Obviamente. Quem mais?
A igreja católica tem tido este papel e esta sabedoria ao longo dos séculos de encontrar o caminho para ser a “consciência” dos povos e não deveria ser assim. No entanto, é profético!

Não, não esto a dizer mal, nem sequer a criticar. É assim e ponto final! Sim, estou ao lado de Lutero quando afirmou: “De novo insistiu-se com ele (Lutero) para que se submetesse ao juízo do imperador, e então nada precisaria temer. “Consinto”, disse ele em resposta, “de todo o meu coração, em que o imperador, os príncipes e mesmo o mais obscuro cristão, examinem e julguem os meus livros; mas, sob uma condição: que tomem a Palavra de Deus como norma. Os homens nada têm a fazer senão obedecer-lhe. Não façais violência à minha consciência, que está ligada e encadeada às Escrituras Sagradas.” — D’Aubigné. {GC 166.1

José Carlos Costa

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