12 de janeiro de 2012

SOLDADOS AMERICANOS URINAM SOBRE CADÁVERES

Imagem de soldados americanos urinando sobre cadáveres talibãs recebeu críticas forte críticas na Ásia e nos EUA
Foto: Reprodução
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A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, se disse "consternada" nesta quinta-feira pelo comportamento dos soldados americanos que aparecem em um vídeo urinando sobre cadáveres de inimigos, possivelmente no Afeganistão. "Quero expressar minha total consternação por esta informação sobre nossos soldados", disse Hillary em declarações à imprensa após um encontro com o ministro de Relações Exteriores da Argélia, Mourad Medelci.
A secretária assegurou que "concorda plenamente" com a condenação expressada pouco antes pelo secretário de Defesa, Leon Panetta, que considerou "totalmente deplorável" a conduta dos militares. "É absolutamente incoerente com os valores americanos, com os padrões de comportamento que esperamos de nossos soldados e que são respeitados pela grande maioria de nosso pessoal militar", frisou Hillary.
Panetta ordenou ao Corpo de Infantaria da Marinha e ao comandante da Força Internacional de Assistência no Afeganistão, o general John Allen, que investiguem o incidente, divulgado de forma anônima pela internet. Perguntada pelas consequências do vídeo na delicada missão no Afeganistão, Hillary afirmou que Washington "segue categoricamente comprometida a construir um futuro seguro, pacífico, próspero e democrático para o povo afegão".
O vídeo aparece em um momento delicado para a estratégia dos Estados Unidos no Afeganistão, que pretende iniciar um diálogo com líderes talibãs para que cumpram certas condições prévias. O principal porta-voz talibã, Zabihullah Mujahid, qualificou o episódio como "desumano" e "bárbaro" e que o polêmico vídeo gerará mais ódio e que os americanos se verão obrigados a "encurtar sua presença no Afeganistão".
O vídeo, de 39 segundos, mostra quatro soldados que urinam, entre risos, sobre três cadáveres ensanguentados, provavelmente talibãs. Um deles chega a dizer "tenha um bom dia, amigo". O Exército americano intensificou suas tentativas para evitar este tipo de incidente depois que em 2004 foram divulgadas fotos de maus-tratos, abusos e tortura a presos na prisão de Abu Ghraib, no Iraque.

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