9 de julho de 2010

OS DIAS DE NOÉ E OS NOSSOS

Este será o título do meu sermão para este Sábado. Não, não tem nada a ver com uma noticia que li relacionada com uma homenagem ao escritor José Saramago feita pela edição deste mês da revista “Playboy” e que está a causar grande polémica. Segundo parece a capa faz referência ao livro “O evangelho segundo Jesus Cristo” e mostra um homem vestido como Jesus Cristo junto a uma mulher nua.
Também a vice-presidente a senhora Theresa Hennessy, da Playboy Entertainment, garante que a publicação das fotografias é “uma violação chocante das normas” e não teriam sido publicadas se a Playboy tivesse conhecimento antecipado. Em declarações ao site norte-americano Gawker, a responsável garante: “Devido a esta e a outras questões com os editores portugueses, estamos prestes a rescindir o nosso acordo.”
Como é chocante que um país que ainda há poucos anos atrás, era considerado como de princípios e valores cristãos se tenha subvertido de tal maneira? Sim, parece que este país se tornou com os casamentos gays e lésbicas numa autêntica Sodoma e Gomorra. Ultrapassou-se as fronteiras do respeito, da honra e da dignidade. Como serão os jovens de amanhã? Que tipo de gente serão os habitantes deste Planeta?
Na época da Renascença, um mote animava os estudiosos em toda a Europa. Voltar às fontes. Durante séculos, tinham dependido de algumas citações e de referências obscuras aos grandes autores da Grécia e de Roma. A febre agora era redescobrir os manuscritos mais antigos e conhecer aqueles autores não mais de segunda mão, mas, por assim dizer, pessoalmente.
O mesmo sentimento animava os Reformadores. Já não se contentavam em ler a Bíblia em traduções frequentemente defeituosas. Desejavam lê-la e estudá-la nas línguas originais. Além disso, aspiravam, se possível fosse, a recorrer aos manuscritos mais antigos, mais próximos do original, para se certificarem de que tinham diante dos olhos as palavras autênticas dos profetas e apóstolos.
Hoje em dia, a maioria e em especial os jovens, perderam as referências e caíram na permissividade, na ausência de exigência. As referências são pessoas de segunda-mão, autores de segunda-mão, gente sem princípios e valores. Profetas da imoralidade. Como pode este homem, como podem os editores destas revistas alimentarem-se, lucrarem desfigurando a Pessoa que disse e viveu: “Portanto sede vós perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celeste.” (Mateus 5:48). A única explicação que me ocorre é que vivemos no meio de gente que são filhos de “Padrastos”!

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