Mais de um milhão de pessoas unidas em Paris Capital
francesa foi palco de uma gigantesca manifestação de solidariedade para com as
vítimas dos atentados. (Em atualização permanente desde dia 7) O ataque à
redação do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, provocou na manhã de
quarta-feira, dia 7 de janeiro, 12 vítimas mortais. Os dois irmãos que atacaram
a publicação foram mortos sexta-feira, dia 9. Ainda na quinta-feira, foi
assassinada uma mulher-polícia, sendo que o agressor foi abatido na sexta-feira
num supermercado na capital francesa - quatro civis também perderam a vida. Uma
mulher considerada suspeita terá já abandonado território francês. As
autoridades afirmaram que os dois atentados terroristas estarão ligados -
morreram 17 pessoas, além dos três agressores. 20h44: A próxima edição do
Charlie Hebdo, que chega às bancas na quarta-feira, terá três milhões de
exemplares, em vez do milhão inicialmente previsto, indicou a distribuidora do
jornal. O aumento da tiragem deve-se ao facto de a distribuidora estar a
receber grandes encomendas, não só de França mas também do estrangeiro. Centenas
de sites de instituições francesas foram pirateados por hackers que dizem ser
islamitas, através da colocação de mensagens de carácter religioso e ideológico.
Slogans como 'Morte à França' e 'Morte ao Charlie' aparecem nas páginas
controladas pelos hackers. A Casa Branca admitiu esta segunda-feira que devia
ter enviado um alto responsável de primeiro plano à O papa Francisco condenou esta
segunda-feira "as formas desviantes de religião", na origem do
"trágico massacre" de Paris, em que 17 pessoas foram mortas por
'jihadistas' em três ataques diferentes, na semana passada.
"marcha
republicana" realizada no domingo em Paris que reuniu mais de um milhão de
pessoas, incluindo cerca de 50 líderes mundiais. "Deveríamos ter enviado
alguém ao mais alto nível", admitiu Josh Earnest, porta-voz da
administração norte-americana, em resposta às duras críticas feitas pela
imprensa norte-americana sobre a ausência do Presidente Barack Obama ou de
outro responsável do executivo, como o vice-presidente Joe Biden ou o
secretário de Estado John Kerry, neste evento sem precedentes. Os países
europeus estão a ponderar o reforço de medidas antiterroristas na sequência dos
ataques islamitas em Paris na semana passada, mas preocupações com as
liberdades civis e a partilha de informações podem limitar as medidas. Durante
um encontro informal no domingo em Paris, na sequência da onda de choque
motivada pelos sangrentos atentados na capital francesa, os ministros do
Interior de diversos países europeus, Estados
Unidos e Canadá sugeriram medidas
urgentes para combater o que definem como a crescente ameaça 'jihadista' na
Europa. Os ministros apelaram para a criação de uma base de dados sobre todos
os passageiros que viajem no espaço da União Europeia (UE), o aumento da
vigilância na Internet e até alterações no espaço Schengen (área europeia de
livre circulação de pessoas). De acordo com o presidente do Observatório contra
a
Islamofobia do Conselho Francês do Culto Muçulmano, foram registados mais de
50 incidentes antimuçulmanos em França desde o atentado contra o Charlie Hebdo,
na passada quarta-feira. A polícia francesa está a investigar o humorista
Dieudonne na sequência de um comentário publicado na Internet que aparentemente
apoia um dos responsáveis pelos recentes ataques em Paris. A próxima edição do
semanário satírico francês Charlie Hebdo, nas bancas na quarta-feira, pela
primeira vez depois do atentado, vai incluir caricaturas de Maomé e apresentar
uma tiragem de um milhão de exemplares, foi anunciado esta sgeunda-feira. O
advogado da publicação, Richard Malka, garantiu à rádio France Info que a
revista vai incluir outras sátiras sobre políticos e religiosos, pois
"esse é o espírito de 'Eu sou Charlie'". Cerca de 1.400 cidadãos
residentes em França juntaram-se recentemente aos extremistas na Síria e no
Iraque ou tencionam combater, disse esta segunda-feira o primeiro-ministro
francês, Manuel Valls. Um polícia francês suicidou-se com a arma de serviço do
dia a seguir ao ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo. O antigo Presidente
francês Nicolas Sarkozy considerou esta segunda-feira, na sequência dos
atentados terroristas da semana passada em Paris, que a imigração "não
está ligada ao terrorismo, mas complica as coisas". A chanceler alemã,
Angela Merkel, e vários membros do seu Governo participam na terça-feira numa
manifestação em Berlim convocada por líderes muçulmanos pela tolerância e em
homenagem às vítimas dos ataques de Paris, informou um porta-voz governamental.
A importadora para Portugal do jornal satírico francês Charlie Hebdo encomendou
mais exemplares daquele título, que publica quarta-feira a primeira edição após
o atentado terrorista que matou 12 pessoas, disse esta segunda-feira à Lusa
fonte da empresa. O pedido foi feito na sexta-feira passada, mas, até ao
momento, a International News Portugal não recebeu resposta.
…
Comentário Pessoal: Tenho ouvido tantos comentários sobre o
massacre de Paris que nem sei por onde começar…de um momento para o outro todos
esquecem o que se passou/passa no Iraque, Líbia, Síria…tudo parece ter
acontecido o século passado o Afeganistão, Paquistão, Yémen….e por aí adiante…as
personalidades da Europa que nunca leram a revista Charlie Hebdo, uniram os
braços e encheram Paris na maior contestação sobre o que se passou e em atitude
firme a favor da liberdade.
Deixem que abra o meu coração como cidadão comum, gosto de
ver essa gente com as folhas A4 “Je Suis Charlie”, mas eu gostaria de dizer que
a liberdade é património de poucos. Não é, de certeza, pertença desta Europa
cínica, protectoras de ladrões e especuladores financeiros, que há muito se
borrifou para os sonhos da Igualdade, da Liberdade e da Fraternidade, gerados
no ventre francês e que emigraram por
esse mundo fora. Pois o problema é político. Nunca foi religioso.
Os presidentes, os primeiros-ministros e outros acólitos que
hoje desfilam em França em defesa da liberdade de expressão são os seus
carrascos. Nunca leram o Charlie Hebdo. Apenas bebem as palavras de Merkel. São
como os assassinos, que nunca viram o Corão, muito menos o estudaram, e matam
em nome do Profeta. A quadrilha que liderou a manifestação de Paris prostituiu
a Europa, mentiu nos sonhos, matou os porojetos de Vida. Esta quadrilha quis emigrantes
para a mão de obra escrava e desprezou o valor do trabalho. Desprezou o
emprego. Desprezou a escola e a educação. Atirou para a fome e para a ruína
milhões de desgraçados. Mas pior do que isto, a Europa cínica que
hoje
habitamos matou a Europa de Monet. Fez a União Europeia uma pantomima, aceitou
de joelhos os ditames da Alemanha que fala por nós, contra nós, imperialismo da
especulação que matou sonhos. Quem mata sonhos não pode esperar outra coisa a
não ser a multiplicação da raiva, da indignação e, finalmente, do ódio. Este grupo
em desvario são europeus. Nasceram aqui e matam por ódio. E as maiores vitimas até são
muçulmanos. Ódio, porque lhes prometeram
sonhos e lhes entregaram um imenso vazio. Um vazio onde habitam milhões de
outros jovens a quem mataram os sonhos, que não assassinam, mas se
desinteressam da política, desprezam os figurões que marcham de braço dado à
cabeça da manifestação em Paris, servos e serventuários de especuladores, de
offshores, de roubos, não de jóias mas de países. Reprodutores de
desigualdades, semeadores de injustiças, pátrias da fraternidade, amigos da
liberdade de saque. É esta a Europa cínica que aceitou o apelo de Hollande e
vai fazer de conta que é amiga da liberdade de expressão.
Não percebi as palavras do Papa Francisco!!!
TIAGO 5:
4 Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos.
5 Deliciosamente vivestes sobre a terra, e vos deleitastes; cevastes os vossos corações, como num dia de matança.
6 Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu.
José Carlos Costa
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