12 de janeiro de 2015

EU SOU CHARLIE – QUEM É CHARLIE?

Mais de um milhão de pessoas unidas em Paris Capital francesa foi palco de uma gigantesca manifestação de solidariedade para com as vítimas dos atentados. (Em atualização permanente desde dia 7) O ataque à redação do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, provocou na manhã de quarta-feira, dia 7 de janeiro, 12 vítimas mortais. Os dois irmãos que atacaram a publicação foram mortos sexta-feira, dia 9. Ainda na quinta-feira, foi assassinada uma mulher-polícia, sendo que o agressor foi abatido na sexta-feira num supermercado na capital francesa - quatro civis também perderam a vida. Uma mulher considerada suspeita terá já abandonado território francês. As autoridades afirmaram que os dois atentados terroristas estarão ligados - morreram 17 pessoas, além dos três agressores. 20h44: A próxima edição do Charlie Hebdo, que chega às bancas na quarta-feira, terá três milhões de exemplares, em vez do milhão inicialmente previsto, indicou a distribuidora do jornal. O aumento da tiragem deve-se ao facto de a distribuidora estar a receber grandes encomendas, não só de França mas também do estrangeiro. Centenas de sites de instituições francesas foram pirateados por hackers que dizem ser islamitas, através da colocação de mensagens de carácter religioso e ideológico. Slogans como 'Morte à França' e 'Morte ao Charlie' aparecem nas páginas controladas pelos hackers. A Casa Branca admitiu esta segunda-feira que devia ter enviado um alto responsável de primeiro plano à O papa Francisco condenou esta segunda-feira "as formas desviantes de religião", na origem do "trágico massacre" de Paris, em que 17 pessoas foram mortas por 'jihadistas' em três ataques diferentes, na semana passada.
"marcha republicana" realizada no domingo em Paris que reuniu mais de um milhão de pessoas, incluindo cerca de 50 líderes mundiais. "Deveríamos ter enviado alguém ao mais alto nível", admitiu Josh Earnest, porta-voz da administração norte-americana, em resposta às duras críticas feitas pela imprensa norte-americana sobre a ausência do Presidente Barack Obama ou de outro responsável do executivo, como o vice-presidente Joe Biden ou o secretário de Estado John Kerry, neste evento sem precedentes. Os países europeus estão a ponderar o reforço de medidas antiterroristas na sequência dos ataques islamitas em Paris na semana passada, mas preocupações com as liberdades civis e a partilha de informações podem limitar as medidas. Durante um encontro informal no domingo em Paris, na sequência da onda de choque motivada pelos sangrentos atentados na capital francesa, os ministros do Interior de diversos países europeus, Estados
Unidos e Canadá sugeriram medidas urgentes para combater o que definem como a crescente ameaça 'jihadista' na Europa. Os ministros apelaram para a criação de uma base de dados sobre todos os passageiros que viajem no espaço da União Europeia (UE), o aumento da vigilância na Internet e até alterações no espaço Schengen (área europeia de livre circulação de pessoas). De acordo com o presidente do Observatório contra a
Islamofobia do Conselho Francês do Culto Muçulmano, foram registados mais de 50 incidentes antimuçulmanos em França desde o atentado contra o Charlie Hebdo, na passada quarta-feira. A polícia francesa está a investigar o humorista Dieudonne na sequência de um comentário publicado na Internet que aparentemente apoia um dos responsáveis pelos recentes ataques em Paris. A próxima edição do semanário satírico francês Charlie Hebdo, nas bancas na quarta-feira, pela primeira vez depois do atentado, vai incluir caricaturas de Maomé e apresentar uma tiragem de um milhão de exemplares, foi anunciado esta sgeunda-feira. O advogado da publicação, Richard Malka, garantiu à rádio France Info que a revista vai incluir outras sátiras sobre políticos e religiosos, pois "esse é o espírito de 'Eu sou Charlie'". Cerca de 1.400 cidadãos residentes em França juntaram-se recentemente aos extremistas na Síria e no Iraque ou tencionam combater, disse esta segunda-feira o primeiro-ministro francês, Manuel Valls. Um polícia francês suicidou-se com a arma de serviço do dia a seguir ao ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo. O antigo Presidente francês Nicolas Sarkozy considerou esta segunda-feira, na sequência dos atentados terroristas da semana passada em Paris, que a imigração "não está ligada ao terrorismo, mas complica as coisas". A chanceler alemã, Angela Merkel, e vários membros do seu Governo participam na terça-feira numa manifestação em Berlim convocada por líderes muçulmanos pela tolerância e em homenagem às vítimas dos ataques de Paris, informou um porta-voz governamental. A importadora para Portugal do jornal satírico francês Charlie Hebdo encomendou mais exemplares daquele título, que publica quarta-feira a primeira edição após o atentado terrorista que matou 12 pessoas, disse esta segunda-feira à Lusa fonte da empresa. O pedido foi feito na sexta-feira passada, mas, até ao momento, a International News Portugal não recebeu resposta.
Comentário Pessoal: Tenho ouvido tantos comentários sobre o massacre de Paris que nem sei por onde começar…de um momento para o outro todos esquecem o que se passou/passa no Iraque, Líbia, Síria…tudo parece ter acontecido o século passado o Afeganistão, Paquistão, Yémen….e por aí adiante…as personalidades da Europa que nunca leram a revista Charlie Hebdo, uniram os braços e encheram Paris na maior contestação sobre o que se passou e em atitude firme a favor da liberdade.
Deixem que abra o meu coração como cidadão comum, gosto de ver essa gente com as folhas A4 “Je Suis Charlie”, mas eu gostaria de dizer que a liberdade é património de poucos. Não é, de certeza, pertença desta Europa cínica, protectoras de ladrões e especuladores financeiros, que há muito se borrifou para os sonhos da Igualdade, da Liberdade e da Fraternidade, gerados no ventre  francês e que emigraram por esse mundo fora. Pois o problema é político. Nunca foi religioso.
Os presidentes, os primeiros-ministros e outros acólitos que hoje desfilam em França em defesa da liberdade de expressão são os seus carrascos. Nunca leram o Charlie Hebdo. Apenas bebem as palavras de Merkel. São como os assassinos, que nunca viram o Corão, muito menos o estudaram, e matam em nome do Profeta. A quadrilha que liderou a manifestação de Paris prostituiu a Europa, mentiu nos sonhos, matou os porojetos de Vida. Esta quadrilha quis emigrantes para a mão de obra escrava e desprezou o valor do trabalho. Desprezou o emprego. Desprezou a escola e a educação. Atirou para a fome e para a ruína milhões de desgraçados. Mas pior do que isto, a Europa cínica que
hoje habitamos matou a Europa de Monet. Fez a União Europeia uma pantomima, aceitou de joelhos os ditames da Alemanha que fala por nós, contra nós, imperialismo da especulação que matou sonhos. Quem mata sonhos não pode esperar outra coisa a não ser a multiplicação da raiva, da indignação e, finalmente, do ódio. Este grupo em desvario são europeus. Nasceram aqui e matam  por ódio. E as maiores vitimas até são muçulmanos. Ódio, porque  lhes prometeram sonhos e lhes entregaram um imenso vazio. Um vazio onde habitam milhões de outros jovens a quem mataram os sonhos, que não assassinam, mas se desinteressam da política, desprezam os figurões que marcham de braço dado à cabeça da manifestação em Paris, servos e serventuários de especuladores, de offshores, de roubos, não de jóias mas de países. Reprodutores de desigualdades, semeadores de injustiças, pátrias da fraternidade, amigos da liberdade de saque. É esta a Europa cínica que aceitou o apelo de Hollande e vai fazer de conta que é amiga da liberdade de expressão.
Não percebi as palavras do Papa Francisco!!!

TIAGO 5:
4  Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos.
5  Deliciosamente vivestes sobre a terra, e vos deleitastes; cevastes os vossos corações, como num dia de matança.
6  Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu.


José Carlos Costa

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