20 de dezembro de 2014

ADOLESCENTES MUÇULMANOS SE UNEM AOS ADVENTISTAS EM RECUSAR EXAMES NO SÁBADO

Estudantes muçulmanos numa escola adventista na ex-União Soviética estavam tão confiantes de que Deus iria intervir para mudar a data de seus exames finais estaduais, marcados para um sábado, que se solidarizaram com seus colegas adventistas em se recusar a prestar os exames numa escola pública, mesmo que isso significasse que não iriam se formar.

A fé dos adolescentes deu resultado.
No último minuto, o governo do país, predominantemente muçulmano, autorizou que os exames fossem remarcados, surpreendendo os professores adventistas  que haviam passado dias de agonia sobre a situação.

Fato ainda mais extraordinário é que a autorização veio do escritório de um vice-ministro que recentemente havia forçado a escola adventista a remover a palavra “cristão” de seu nome.

“Os estudantes muçulmanos decidiram manter-se firmes nos princípios de não trabalhar e estudar no sábado que haviam aprendido na escola adventista, e esta foi uma decisão maravilhosa”, disse
Guillermo Biaggi, presidente da Divisão Euro-Asiática da Igreja Adventista, cujo território inclui a maior parte da antiga União Soviética. “Deus inspirou não só alguém do governo a mudar a data dos exames, mas também inspirou os estudantes e lhes amentou sua confiança em nosso Criador e Redentor”, disse na quinta-feira.

A história sobre os exames no sábado surgiu em reuniões administrativas recentes de fim de ano realizadas pela Divisão Euro-Asiática. A ‘Revista Adventista’ não está identificando a escola ou a sua localização para evitar complicar o seu trabalho.

‘A única esperança que restou foi Deus’
A escola, que atende a 280 alunos com idades entre 6 a 17 anos, experimentou um difícil ano letivo de 2013-14 ao enfrentar vários desafios das autoridades e outras pessoas irritadas com a presença de uma escola cristã num país muçulmano, comentaram dirigentes da escola e da Igreja.

Mas nada preparou os professores para um surpreendente decreto do Ministério da Educação dizendo que os exames finais para alunos do nono ao 11º anos a nível nacional seriam realizados no sábado.
 
Os professores começaram a orar. Alguns alunos da 11ª. série procediam de famílias adventistas, mas na maioria os alunos eram muçulmanos. Nenhum dos alunos do nono ano era adventista.

Toda tentativa de retardar os exames por um dia, para o domingo, pareceu fracassar. Nenhum oficial local de educação queria assumir a responsabilidade de autorizar a mudança. A diretora da escola enviou uma carta a um funcionário do Ministério da Educação, que prometeu ajudar, mas não a respondeu. “A única esperança que restou foi Deus”, disse a diretora numa declaração fornecida pela Divisão Euro-Asiática.

Ela reuniu os alunos para explicar a situação. Disse que a escola ainda estava tentando reagendar os exames, mas não podia prometer sucesso. Também disse que tinha feito arranjos com uma escola pública próxima para oferecer os exames àqueles que quisessem tomá-los. ”Isso deu a cada aluno a oportunidade de tomar a sua própria decisão, sabendo muito bem das consequências do que resolvessem”, contou a diretora. Alunos da 11ª. série que deixassem de fazer o exame não se formariam. A décima primeira série é a última antes da formatura do ensino médio na ex-União Soviética.

“Isso é impossível!”
Apenas dois dias antes dos exames, a diretora recebeu inesperadamente um telefonema do Ministério da Educação. Um assistente administrativo de um vice-ministro da educação, que chamava, disse que o seu chefe tinha escrito uma resposta à carta aparentemente perdida da diretora e que a escola poderia enviar alguém para buscá-la.

A diretora confessou que perdeu toda a esperança com o telefonema porque o oficial do ministério da educação fora a mesma pessoa que havia forçado a escola a mudar o seu nome algumas semanas antes.

E isso não foi tudo.
“Antes do telefonema, esperávamos que talvez pudéssemos dar os exames num dia diferente sem sermos notados pelos funcionários da educação”, disse ela. “Mas agora que o governo havia dado uma resposta oficial, seria impossível realizar o exame despercebidamente”. A diretora teve um choque: lembrou que quando rasgou o envelope da carta do ministério, exclamou: “Isso é impossível! Como o Senhor é bom!”

O que se dera é que o oficial do Ministério da Educação havia deixado o seu escritório numa viagem de negócios estendida, e o pedido da escola tinha sido transferido para outra autoridade do ministério que autorizou os exames no domingo.

A diretora compartilhou entusiasticamente a notícia com os alunos. Mas quando mostraram pouca emoção, ela pensou que a tinham entendido mal e repetiu a história. Em seguida, um dos estudantes quebrou o silêncio com uma explicação que a diretora achou ainda mais incrível do que a permissão do governo de reagendar os exames na última hora. O estudante disse: “Nós nunca tivemos qualquer dúvida de que Deus iria ajudar a resolver a situação”.

A diretora descobriu que nenhum dos estudantes havia se inscrito para fazer os exames na escola pública no sábado. Enquanto falava com eles, soube que tinham visto tantas manifestações do poder de Deus durante o ano letivo difícil que tinham decidido que Deus não abandonaria a escola sobre algo tão simples como exames no sábado. Os estudantes muçulmanos haviam decidido se unir a seus colegas adventistas em permanecerem fiéis ao sábado bíblico.

“As crianças de famílias não-adventistas viram como Deus está conduzindo a nossa escola e acreditavam de todo o coração que o problema seria resolvido”, disse a diretora. “Só nós, os professores adventistas, é que estávamos afligidos com preocupação”.

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