O discurso do Presidente dos EUA na Assembleia Geral foi um
apelo moral ao mundo. Pelo meio, acusou a Rússia de ter alterado "a ordem
do mundo pós-guerra fria".
Barack Obama antes de ser chamado para discursar na
Assembleia Geral da ONU
Três jihadistas
franceses esperados em Paris passearam-se por Marselha
Obama e a “aliança de
conveniência”
Khorasan, a
"hiena" da Al-Qaeda no caos da guerra síria
A "agressão da Rússia na Ucrânia" foi o primeiro
tema forte do discurso de Barack Obama na Assembleia Geral das Nações Unidas. O
Presidente dos Estados Unidos da América acusou o Governo de Moscovo de ter
"uma visão do mundo em que a força dita o que é certo" e
comprometeu-se a apoiar os ucranianos.
"Pequenos ganhos podem ser alcançados com a ponta de
uma espingarda, mas esses ganhos tornam-se perdas se vozes suficientes se
levantarem para apoiarem a liberdade das nações e se os povos
tomarem as suas
próprias decisões", disse Obama num discurso a que se pode dar o título de
"o mundo na encruzilhada".
Foi numa lógica de eixos que o Presidente americano se
começou a explicar. "Estamos na encruzilhada da guerra e da paz, da
desordem e da integração, do medo e da esperança", disse mal começou a
falar na abertura da Assembleia Geral da ONU, nesta quarta-feira.
"As acções da Rússia na Ucrânia alteraram a ordem do
pós-guerra fria. Aqui estão os factos. Depois do povo da Ucrânia se ter
mobilizado para pedir reformas, o seu Presidente corrupto fugiu. Contra o desejo
do Governo de Kiev, a Crimeia foi anexada. A Rússia enviou armas para a
Ucrânia, alimentando a violência separatista e um conflito que matou
milhares", disse Obama sobre o conflito em curso na fronteira da Europa.
Obama considerou que "o sistema internacional"
está numa encruzilhada e que as nações devem assumir "a responsabilidade
colectiva" se não quiserem ser "varridos" pela instabilidade.
"Estamos hoje aqui reunidos, nas Nações Unidas, e temos uma escolha para
fazer. Podemos renovar o sistema internacional que já nos deu tantos
progressos, ou deixarmo-nos ser puxados para trás, para a instabilidade.
Podemos reafirmar a nossa responsabilidade colectiva para enfrentar os
problemas globais ou deixar que sejamos inundados por mais problemas. Para a América,
a escolha é clara. Escolhemos a esperança e não o medo. Não vemos o futuro como
algo que não controlamos, mas como algo que podemos moldar para tornar melhor,
através de um esforço colectivo".
Obama disse que, neste momento, há duas questões vitais que
devem ser respondidas: estão as nações dispostas a renovar os princípios
fundadores da ONU e conseguirão aliar-se, juntar-se, para rejeitar o
"cancro do extremismo violento".
"Enquanto estamos aqui reunidos, o surto de ébola está
incontrolável na África ocidental e ameaça sair dessas fronteiras. A agressão
da Rússia na Europa relembra os dias quando as grandes nações invadiam as mais
pequenas devido à sua ambição territorial. A brutalidade do terrorismo na Síria
e no Iraque força-nos a olhar para o coração das trevas", disse Obama.
"Não há um Deus que aprove o terror"
O Presidente passou, a seguir, para o Médio Oriente e para a
guerra aberta em dois países contra o terrorismo dos grupos islâmicos
extremistas. Explicou que a política externa americana não se esgota na reacção
ao terrorismo e que os EUA não estão em guerra com o Islão.
Mas porque "não há um Deus que aprove" o terror,
apelou à continuação do esforço internacional contra o Estado Islâmico (EI) e
outros grupos baseados na Síria e no Iraque. "O grupo terrorista conhecido
por ISIL [Estado Islâmico ou EI] tem que ser desmembrado e, finalmente,
derrotado".
"Não agimos sozinhos [na guerra ao EI]. Em vez disso,
vamos apoiar os iraquianos e os sírios a resgatar as suas comunidades. (...) Já
temos 40 nações a querem juntar-se à coligação. Hoje, peço ao mundo para se
juntar a este esforço. Os que se juntaram ao ISIL devem abandonar o campo de
batalha o quanto antes. Os que continuarem a lutar por esta causa odiosa vão
perceber que estão sozinhos. Não cederemos a ameaças, vamos demonstrar que o
futuro pertence aos que aos que constroem – não aos que destroem".
Obama terminou admitindo que, no passado, os EUA já falharam
em muitas promessas feitas ao mundo e têm muitos problemas internos - citou
Ferguson, a cidade onde um adolescente foi morto pela polícia apenas porque era
negro. "Mas aceitamos o escrutínio do mundo – porque o que vêem na América
é um país que trabalha para resolver os seus problemas e ser uma união mais
perfeita", disse Barack Obama no seu apelo moral ao mundo.
Pensamento pessoal:
As crises têm-se sucedido desde o Terramoto de Lisboa em
1775. Nesse caso, foi um terramoto de dimensões proféticas. Desde então, as
crises sucedem-se em tempo, dimensão e diversidade. Qualquer amigo/a que
acompanhe a situação global, desde a quede das Torres Gémeas concordará que
elas marcam um ponto de viragem singular e pertinente.
Já há quem defenda que a situação se compara ao rebentamento
de uma bolha de ar ou algo, como a das tulipas, que contribuiu no seu tempo
para a hegemonia de Amesterdão. Ou, pelo contrário, uma crise profunda de um sistema
gasto. Como a crise na Grã-Bretanha em 1880, que a levou ao declínio.
Em minha opinião trata-se da primeira grande crise da globalização
que pode como as tulipas, anunciar um formidável período de crescimento. Para que
isso seja mesmo assim, é ainda preciso compreender a crise e dela retirar as
lições que tem para nos dar. E, para tanto, é necessário escalpeliza-la, em
termos tão simples quanto possível, para perceber como, depois de tantas crises
limitadas, se declarou a Grande Crise, que ninguém imaginava que chegasse.
Uma crise que começa nos Estados Unidos e que pela primeira
vez, graças à Internet, às companhias de seguros e aos bancos de investimento
se tornou verdadeiramente planetária. Uma crise cujo arranque se assemelhou
bastante ao da crise de 1929, mas com muito maior amplitude e violência.
E agora?
Leiam as palavras do Presidente Barack Obama com atenção e
se estão a dormir em termos espirituais, deixem que vos deixe um texto bíblico:
"E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono;
porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a
fé.” (Romanos 13 : 11)
Fiquem perto de Jesus o ÚNICO E FIEL GOVERNANTE. AMEM!
José Carlos Costa.
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