20 de fevereiro de 2014

União Europeia diz "sim" a sanções contra Kiev


Os manifestantes anti-governamentais fortificam as suas barricadas depois de mais um dia de confrontos, o mais sangrento desde o início dos protestos Ministros dos negócios estrangeiros da União Europeia chegam a acordo para punir os responsáveis pelo derramamento de sangue na Ucrânia. As sanções devem ser aplicadas nas "próximas horas".


Os manifestantes anti-governamentais fortificam as suas barricadas depois de mais um dia de confrontos, o mais sangrento desde o início dos protestos
Os manifestantes anti-governamentais fortificam as suas barricadas depois de mais um dia de confrontos, o mais sangrento desde o início dos protestos.

As medidas punitivas incidem na privação de circulação na União Europeia e o congelamento de bens de todos os que têm "as mãos manchadas de sangue", anunciou a ministra italiana dos negócios estrangeiros à saída do encontro. Emma Bonino acrescentou que a decisão produzirá efeitos "dentro das próximas horas".

A decisão foi feita em "estreita coordenação" com os ministros alemão Frank-Walter Steinmeier, polaco Radoslaw Sikorski e francês Laurent Fabius, que se encontram ainda em Kiev, por causa da grave situação que se vive na Ucrânia - estava prevista a sua presença na reunião em Bruxelas.

Desde quinta-feira que procuram encontrar uma solução com vista ao fim da sangrenta crise política, mantendo conversações com o presidente Viktor Ianukovitch e com os líderes da oposição Arseniy Yatsenyuk do Batkivshchyna ("Pátria"), Vitali Klischko, do UDAR ("Golpe") e Oleh Tiahnybok, que dirige o Svoboda ("Liberdade").

À beira da guerra civil, a Praça da Independência deu lugar a um cenário de guerra, com corpos espalhados nas ruas. Os protestos estendem-se também a outras cidades do país. A revolta anti-governamental dura desde novembro, mas na terça-feira atingia as maiores proporções de violência.

As tréguas anunciadas ontem à noite por Ianukovitch duraram apenas horas. Esta manhã, as ruas do país voltaram a ser palco de extrema violência com novos confrontos entre a polícia e manifestantes, tornado-se no dia mais sangrento.

As autoridades falam em 39 mortos - num total de 67 vítimas desde terça-feira. O balanço dos manifestantes apontam mais de uma centena de mortos e 500 feridos, só nesta quinta-feira, diz o responsável pelos serviços médicos da oposição, Oleg Moussii, citado pela "CNN".

Do lado dos EUA, um comunicado da Casa Branca voltou hoje a colocar a batata quente do lado de Ianukovitch, para que avance de imediato com a retirada do exército e permita as manifestações pacíficas.

A oposição acusa as forças de segurança de utilizarem armas de fogo e que atiram para matar. As imagens que chegam de Kiev são de manifestantes a fortificar as barricadas depois dos confrontos.

Fonte  

Comentário pessoal: Com uma economia mundial fortemente integrada e uma rede digital planetária, estamos a assistir ao nascimento da primeira civilização verdadeiramente mundial e diversa. O conhecimento e o poder económico multiplicam-se e dispersam-se de forma muito mais rápida e ampla do que no tempo das Revoluções da Imprensa e Industrial, e o equilíbrio político internacional está a sofrer uma alteração nunca vista. Quem manda? Onde está o centro do poder? Nas Assembleias dos Estados ou na Rua?
Bruxelas, Washington, Pequim ou…?
Tudo neste momento parece nebuloso e confuso. Olhe-se para a Ucrânia ou Venezuela! Para não falar nos países do Médio Oriente ou África! Na verdade, deveríamos falar em continentes e não em países. Muitos colocam hoje em dia, colocam os olhos na China como o império emergente, nos Estados Unidos ou Vaticano. De onde virá o socorro?
A verdade é que se vive rodeado por movimentos ou ideologias “fundamentalistas”, sejam de mercado, sociais, económicas e religiosas. Há neste nebulosa de fundamentalismo um conceito: “salve-se quem puder”!

A solução ou unidade não pode ter origem no homem… tudo tem ido de mal a pior. Os homens e mulheres continuarão envoltos nesta confusão da qual a Ucrânia e a Venezuela são paradigmas. Assim não deve estar o povo que tem como Líder o Senhor Jesus Cristo: “A unidade dos seguidores de Cristo com Ele deve ser a grande e inegável prova de que Deus realmente enviou o Seu Filho... para salvar pecadores. Mas uma religião relapsa... deixa o mundo confuso e desorientado.” {OA 161.3}

José Carlos Costa

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