O Papa Francisco instou hoje os católicos a questionarem-se
se são traidores como Judas ou amam Deus como José, durante a missa do Domingo
de Ramos, que abriu as cerimónias da Semana Santa no Vaticano.
"Quem sou eu? Sou como Judas, o traidor? Sou como os
soldados que fizeram pouco de Cristo? Ou sou como a Virgem Maria que sofria o
calvário de Jesus em silêncio? Como José que transportou com amor o corpo de
Jesus até à sepultura?", questionou o líder da Igreja Católica.
Milhares de flores e ramos de oliveiras provenientes da
região da Apúlia adornaram a praça de São Pedro, com o papa Francisco a
explicar que este Domingo de Ramos, também se denomina "domingo de
Paixão".
"Nomes que expressam os aspetos de hoje: a festa e a
cruz que se perfilam no horizonte", disse o pontífice, que leu o evangelho
de Lucas, que narra a chegada de Jesus a Jerusalém e a leitura da Paixão de
Jesus segundo S. Mateus.
PL // JLG
Comentário pessoal: Não deixa de ser pertinente esta
questão; “Quem sou eu? Sou como Judas, o traidor?” Em termos de oratória pode
dizer-se que se trata de uma exortação cristã, um apelo a imitar José de
Arimateia. Em forma resumida podemos responder que José de Arimateia, leva este
cognome Arimateia por ter sua origem na cidade de Arimateia, na região da Judeia.
Era um homem dedicado ao comércio que e tinha sido iniciado
por seu pai que veio morar em Jerusalém. Possuía muitos bens sendo considerada
uma pessoa rica. O seu prestígio o elegeu a ocupar um lugar entre os 71 membros
do Sinédrio de Jerusalém. O Sinédrio era o colégio dos mais altos magistrados
do povo Judeu. Era também conhecido como “Sanhedrin”. O Evangelho de João cita-o
como discípulo e seguidor de Cristo mesmo que estivesse escondido pelo
anonimato. Conforme João:
“Depois, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus, mas
secretamente, por medo dos judeus, pediu a Pilatos que lhe permitisse retirar o
corpo de Jesus. Pilatos permitiu. Vieram então, e retiraram seu corpo”. (Jo
19,38)
José de Arimateia era muito amigo de Nicodemos e segundo a
narrativa dos evangelhos pediram a Pôncio Pilatos a retirada do corpo de Jesus
da cruz para o sepultarem porque estava chegando o sábado judaico. Pilatos
deixou que O sepultassem. José de Arimateia era o dono do sepulcro novo. Jesus
foi embalsamado, conforme o ritual judaico e o sepultaram cerca de 30 metros do
local da crucificação e de onde ressuscitou três dias depois da morte.
É sábia esta questão. O crente deve sair do seu esconderijo
medroso e assumir a sua fé. Isso é ser cristão. Cristão é o que segue os passos
de Cristo e o papa Francisco, tanto quanto se saiba tem dado um testemunho
positivo. Como crente, lamento que ele não ouse repor a verdade bíblica, tais
como; o sábado do sétimo dia, o estado do homem na morte, exortar adoração a
Deus tal como o fez Pedro, "Porém, respondendo Pedro e os apóstolos,
disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.” (Atos 5: 29)
Caminhar direito como Cristo no deserto quando tentado pelo
diabo, "Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao
Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.” (Mateus 4 : 10).
A terra seria iluminada não com tradições humanas, mas com a
verdade das Santas Escrituras.
José Carlos Costa
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