14 de abril de 2014

"Quem sou eu? Sou como Judas, o traidor?"

O Papa Francisco instou hoje os católicos a questionarem-se se são traidores como Judas ou amam Deus como José, durante a missa do Domingo de Ramos, que abriu as cerimónias da Semana Santa no Vaticano.
"Quem sou eu? Sou como Judas, o traidor? Sou como os soldados que fizeram pouco de Cristo? Ou sou como a Virgem Maria que sofria o calvário de Jesus em silêncio? Como José que transportou com amor o corpo de Jesus até à sepultura?", questionou o líder da Igreja Católica.
Milhares de flores e ramos de oliveiras provenientes da região da Apúlia adornaram a praça de São Pedro, com o papa Francisco a explicar que este Domingo de Ramos, também se denomina "domingo de Paixão".
"Nomes que expressam os aspetos de hoje: a festa e a cruz que se perfilam no horizonte", disse o pontífice, que leu o evangelho de Lucas, que narra a chegada de Jesus a Jerusalém e a leitura da Paixão de Jesus segundo S. Mateus.
PL // JLG
Comentário pessoal: Não deixa de ser pertinente esta questão; “Quem sou eu? Sou como Judas, o traidor?” Em termos de oratória pode dizer-se que se trata de uma exortação cristã, um apelo a imitar José de Arimateia. Em forma resumida podemos responder que José de Arimateia, leva este cognome Arimateia por ter sua origem na cidade de Arimateia, na região da Judeia.

Era um homem dedicado ao comércio que e tinha sido iniciado por seu pai que veio morar em Jerusalém. Possuía muitos bens sendo considerada uma pessoa rica. O seu prestígio o elegeu a ocupar um lugar entre os 71 membros do Sinédrio de Jerusalém. O Sinédrio era o colégio dos mais altos magistrados do povo Judeu. Era também conhecido como “Sanhedrin”. O Evangelho de João cita-o como discípulo e seguidor de Cristo mesmo que estivesse escondido pelo anonimato. Conforme João:

“Depois, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus, mas secretamente, por medo dos judeus, pediu a Pilatos que lhe permitisse retirar o corpo de Jesus. Pilatos permitiu. Vieram então, e retiraram seu corpo”. (Jo 19,38)

José de Arimateia era muito amigo de Nicodemos e segundo a narrativa dos evangelhos pediram a Pôncio Pilatos a retirada do corpo de Jesus da cruz para o sepultarem porque estava chegando o sábado judaico. Pilatos deixou que O sepultassem. José de Arimateia era o dono do sepulcro novo. Jesus foi embalsamado, conforme o ritual judaico e o sepultaram cerca de 30 metros do local da crucificação e de onde ressuscitou três dias depois da morte.
É sábia esta questão. O crente deve sair do seu esconderijo medroso e assumir a sua fé. Isso é ser cristão. Cristão é o que segue os passos de Cristo e o papa Francisco, tanto quanto se saiba tem dado um testemunho positivo. Como crente, lamento que ele não ouse repor a verdade bíblica, tais como; o sábado do sétimo dia, o estado do homem na morte, exortar adoração a Deus tal como o fez Pedro, "Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.” (Atos 5: 29)
Caminhar direito como Cristo no deserto quando tentado pelo diabo, "Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.” (Mateus 4 : 10).
A terra seria iluminada não com tradições humanas, mas com a verdade das Santas Escrituras.

José Carlos Costa

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