“O clima do Planeta está a sobreaquecer indiscutivelmente.” Isto o que sobressai do recente relatório do Grupo Intergovernamental sobre a Evolução Climática (GIAEC), numa conferencia de 11 a 15 de Dezembro ultimo. Este estudo confirma o que os cientistas temiam: os gases que provocam o efeito de estufa, libertos em grandes quantidades na atmosfera, produzem o risco de modificar a temperatura média da Terra em alguns anos. As consequências podem ser dramáticas se nada for feito para limitar as emissões destes gases. O nível dos mares, que pode subir de 10 a 80 cm até ao ano 2100, levará à submersão dos países costeiros. No espaço de algumas décadas, a temperatura já aumentou meio grau.
Mesmo que estejamos ainda longe de um cenário catastrófico (os sinais já são visíveis), os médicos seguem
as pisadas dos climatólogos, e fazem soar, por sua vez, o sinal de alarme. A OMS prepara-se para anunciar um relatório sobre as consequências da mudança climática e do efeito de estufa.
as pisadas dos climatólogos, e fazem soar, por sua vez, o sinal de alarme. A OMS prepara-se para anunciar um relatório sobre as consequências da mudança climática e do efeito de estufa.
Desde há alguns anos, devido à diminuição da camada de ozono, os raios ultravioletas estão na origem de um aumento de cataratas e de cancro da pele. No Canadá, o número de cataratas está 3,5 vezes mais elevado do que em 1965. As vagas de calor não habituais provocaram, também, imensos acidentes nas cidades. Em Chicago, no Verão passado, a canícula (grande calor atmosférico) causou grande mortalidade entre as pessoas mais idosas e crianças, vítimas sobretudo da desidratação e de paragens cardíacas (mais de 500 pessoas no espaço de cinco dias). Inquietos, alguns pesquisadores da Universidade do Minnesota (EUA) efectuaram uma série de estudos de prospeção sobre a evolução do clima e das mortes. As suas previsões não são boas. Com efeito, uma subida da temperatura de 2 a 4 graus levará a uma multiplicação das mortes nas grandes metrópoles. Por exemplo, em Nova Iorque, assim que se verificassem picos de calor, o número de falecimentos, actualmente de cerca de 320 em cada Verão, passaria a 880- no Cairo, o número de vítimas, atualmente na casa dos 220 pessoas, poderia ultrapassar o milhar.
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