8 de abril de 2011

JÁ ESTAMOS NOS 7 BILIÕES NESTE PEQUENO PLANETA...

A indústria alimentar em crise no início de 2011. Os preços dos alimentos sobem acima do pico que atingiram  2008 – época em que milhares de pessoas caíram na pobreza. Na época, exportadores foram proibidos de vender grãos no exterior. Desta vez também houve proibições de exportação, pânico e controlo de preços de emergência, assim como em 2008.
Temores de que a seca possa arruinar a colheita de trigo da China - a maior do mundo - estão enviando ondas de choque através dos mercados mundiais. O descontentamento com a alta dos preços tem desempenhado um papel importante nas revoltas populares em todo o Médio Oriente .
Há grandes diferenças entre os dois períodos, mas a questão da agricultura ter sofrido dois picos nas altas dos preços sugere que alguma coisa realmente séria está a desequilibrar a cadeia alimentar do mundo. Durante anos os programas mais populares em países de língua inglesa foram sobre culinária. O historiador norte-americano, Livy, diz que o império romano começou a decair quando os cozinheiros adquiriram títulos de celebridades.
No encontro dos oito países industrializados, em 2009, os líderes colocaram o assunto da comida ao lado da crise financeira mundial, na lista das prioridades. Prometeram encontrar US$ 20 biliões para disponibilizar a agricultura ao longo de três anos. Este ano, o atual presidente do G20, o francês Nicolas Sarkozy, pretende fazer dos alimentos a sua principal prioridade.
No mês passado o Fórum Econômico Mundial – um encontro de empresários e políticos, em Davos, com 17 empresas mundiais – referiram a necessidade de “uma nova visão para a agricultura”, prometendo fazer mais pelos pequenos agricultores. Um forte sinal do crescente alarme no setor privado.
A era de comida barata chegou ao fim. Graças a um conjuto de fatores ?
Crescente demanda na Índia e China; uma mudança na dieta alimentar dos cereais para a carne e vegetais; um aumento do uso do milho como combustível; e desenvolvimentos fora da agricultura, como a queda do dólar ? têm levado a um período próximo de 1970, quando o preço real dos alimentos caiu ano após ano.
Tudo apareceu como um choque. Na década de 90, a maioria dos problemas agrícolas pareciam resolvidos. As produções cresceram, as pestes foram controladas e os adubos recuperaram as terras cansadas. As áreas que a ciência da vida voltou suas pesquisas não são mais as plantas, mas coisas como HIV e Aids.
O fim da era da comida barata coincidiu com a crescente preocupação com as perspectivas de alimentar o mundo. A população mundial deve chegar a sete biliões em 2011. Os preços aumentam em meio a milhões de pessoas mergulhadas na pobreza, que gastam mais da metade da sua renda em alimentos. O número de pessoas abaixo do nível de pobreza, que vinha caindo desde os anos 90, voltou a crescer acentuadamente em 2007. Isso parece sugerir que o mundo ainda não pode alimentar sua população atual. Menos ainda os 9 biliões esperados para 2050.
Como enfrentará  o mundos os próximos quatro anos ainda é uma dúvida. Vejam o que se passa em Portugal, Grécia, Irlanda, Islância, Espanha e...
Como o alimento é importante, a agricultura, mais do que qualquer outra forma de atividade da economia, espera atingir uma série de concorrentes e metas que possam mudar com o tempo e o lugar. O mundo olha para os agricultores para que façam mais do que simplesmente produzir alimentos. A agricultura é a questão central na redução da fome e antecipa o caminho para muitas pessoas saírem da pobreza. O alimento é, provavelmente, a maior influencia na saúde das pessoas, embora em formas radicalmente diferentes em países pobres e ricos, onde o grande problema é a obesidade.

Fonte: Opinião e Notícia

Fonte: Diário da Profecia


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