Este processo tão meditizado, revela que a confiança, os valores, a verdade são tratados com a banalidade de quem se sabe intocável. Os jornais, as rádios e TVs dão cobertura a estes e tantos outros casos e acabam sempre em nada.
Estou a pensar no caso da "Casa Pia", Banco Popular, Banco Nacional de Negócios Freeport e tantos outros casos. Estes são alguns sinais caracteriais das pessoas que governam este país. Apetece perguntar; passar-se-á isto só em Portugal? Parece, afinal, que este país continua a ser um jardim à beira mar plantado. Então onde estamos?
Será por isso que a terra está doente? Será por isso que os pais perderam a sensibilidade e violam os proprios filhos, e filhos batem nos pais? Será por isso que ninguém tem confiança em ninguém?
Vou deixar aqui um extrato solto de uma notícia...eu vou ler a minha Bíblia, nela eu tenho confiança total!
O autor da missiva, a que o DN teve acesso, pediu para Armando Vara avisar Sócrates de que este tinha o telefone sob escuta. O homem ainda facultou um número de telemóvel.
A carta que Armando Vara recebeu, no início de Junho do ano passado, e que revelava que o telemóvel de José Sócrates estava sob escuta não é anónima. Está assinada por um indivíduo que até facultou o seu número de telemóvel para o ex-administrador do BCP, se assim o entendesse, o contactar. O DN ligou para o número. Do outro lado, um homem, cujo nome bate certo com o que consta da carta, atendeu. P.N., porém, negou que alguma vez tivesse escrito tal documento.
A missiva tem no cabeçalho e no final o nome P.N. (o DN não o revela na íntegra, por expresso pedido do interlocutor). E, segundo informações recolhidas, já estará a ser investigada pelo DIAP de Coimbra, onde decorre um inquérito sobre eventuais fugas de informação para alguns arguidos do processo "Face Oculta".
O documento, que terá chegado às mãos de Armando Vara no início de Junho de 2009, foi apreendido pela Polícia Judiciária, em Novembro de 2009, na primeira série de buscas feitas no âmbito daquele processo. O autor é claro: "Avise ou mande avisar o amigo José Sócrates que o seu telefone encontra-se em escuta (não por email, nem por telemóvel ou telefone). Só soube ontem de fonte segura. Se for preciso contar-lhe-ei tudo em pormenor (sem ser por email ou telefone)." O autor da carta diz ainda que ao escrever a Vara se encontra "um pouco nervoso", pedindo ao ex-administrador do BCP que, "depois de a ler", destruísse o documento.
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