Chefes de Estado e governo se reúnem nesta sexta-feira (19) em Lisboa, Portugal, para discutir questões-chave da segurança internacional. Os líderes dos 28 países da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), além de outros dirigentes, vão discutir, entre outras coisas, quando e como vão retirar suas tropas do Afeganistão, país que ocupam desde 2001.
A principal voz no encontro será a do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O país lidera as forças internacionais da Otan no Afeganistão, ocupado no mesmo ano em que a rede terrorista Al Qaeda comandou os ataques terroristas em Nova York e Washington, no dia 11 de setembro de 2001.
Desde então, o grande número de baixas e o alto investimento militar, desencorajaram muitos países a manter suas tropas no Afeganistão, deixando a tarefa quase que exclusivamente aos americanos.
Também deve entrar na discussão a questão do escudo antimísseis que os EUA querem construir na Europa, irritando os russos, que um dia já foram arquiinimigos da aliança militar ocidental.
No centro de Lisboa, distante 8 km do Parque das Nações, manifestantes já organizam vários protestos contra a cúpula.
NATO foi criada na Guerra Fria para conter comunistas
Criada em 1949, a Otan tinha como objetivo conter o avanço comunista, liderado pela então URSS (União Soviética), que anos antes havia sido aliada dos Estados Unidos, do Reino Unido e da França na luta contra a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A aliança militar do Ocidente foi formada inicialmente por 12 países, nos anos da Guerra Fria. Hoje tem 28 membros, vários deles do antigo grupo rival da Otan – o Pacto de Varsóvia, a aliança militar dos países socialistas, criada em 1955.
O secretário-geral da NATO, o ex-primeiro ministro dinamarquês Anders Fogh Rasmussen, disse que além da retirada do Afeganistão e da construção de um escudo antimíssel na Europa, o grupo deve discutir “um reinicio com as relações com a Rússia”.
O país que um dia já foi a URSS (desintegrada em 1991) ainda mantem uma tensa relação com a NATO. Os russos pressionam a Ucrânia, uma antiga republica soviética, para que não façam parte da aliança ocidental.
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