Autoridades culpam Al-Qaeda pela violência registada 60 km a norte de Bagdad.
Trinta e três mortos e 55 feridos é o balanço provisório dos três atentados de ontem na cidade de Baquba, a norte de Bagdad. A quatro dias das eleições legislativas iraquianas e apesar de estarem em estado de alerta, as forças de segurança não conseguiram impedir os suicidas de semear a morte na capital da província de Diyala.
O primeiro suicida fez explodir o seu carro armadilhado junto da sede regional do Ministério do Interior, não longe da esquadra da polícia local, provocando a morte de dez polícias. Minutos depois, um segundo suicida fazia explodir o seu carro a uma centena de metros, perto da sede do partido do ex-primeiro-ministro Ibrahim al--Jaafari e de um cruzamento normalmente movimentado. E, como se não bastasse, um terceiro suicida fez explodir o cinto com que se armadilhara junto à entrada das urgências do hospital para onde estavam a ser levados os feridos.
Este triplo atentado, considerado o mais sangrento desde o de 5 de Fevereiro - que vitimou 40 pessoas em Kerbala -, não foi reivindicado, mas responsáveis iraquianos não hesitam em responsabilizar a Al-Qaeda. Não só porque esta organização já ameaçara, no passado dia 12 de Fevereiro, utilizar a violência como forma de boicotar o escrutínio mas também pela forma como os atentados foram perpetrados: não longe uns dos outros e com minutos de intervalo para poderem fazer, assim, o maior número de vítimas possível.
Um terceiro carro armadilhado foi, entretanto, descoberto e neutralizado pela polícia não longe do hospital central de Baquba, cidade que está agora sob recolher obrigatório enquanto a polícia, que já deteve quatro suspeitos, prossegue a caça ao homem.
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