O primado de Inglaterra e País de Gales, Monsenhor Vincent Nichols, defendeu hoje que não existem "razões convincentes" para a demissão do Papa Bento XVI, mergulhado num escândalo sobre a gestão da pedofilia no seio da Igreja.
"O Papa não vai demitir-se. Francamente, não há razão convincente para que o faça", declarou o arcebispo de Westminster à cadeia de televisão BBC One.
O papa "não foi envolvido em qualquer tentativa de abafar os assuntos (...). De facto, é o cardeal Ratzinger (futuro Papa Bento XVI quem empurrou para mudanças significativas. Ele fez por exemplo pressão a favor de um processo rápido para demitir os padres que cometeram abusos (...). Depois em 2001, emitiu um documento que fez com que os bispos não sejam deixados isolados" face ao problema, adiantou o arcebispo.
"Neste documento, não existe absolutamente nada que impeça os bispos de assinalar crimes à polícia. De facto, desde 2001, a Santa Sé apelou sempre aos bispos para o fazerem", adiantou.
O Papa mergulhou na polémica depois do The New York Times o ter acusado por não ter sancionado em 1996 um padre norte-americano acusado de violações repetidas a 200 rapazes.
O Vaticano assegurou que Joseph Ratzinger, futuro Bento XVI, só foi informado 20 anos depois quando o padre estava velho e doente.
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