A poucos metros das torres reluzentes de El Paso no Texas, Ciudad Juárez é uma cidade mexicana que se prolonga de forma caótica junto à fronteira com os Estados Unidos. Aí se encontram múltiplas maquiladoras – fábricas de montagem pertencentes a grandes empresas internacionais, instaladas no México para beneficiarem de vantagens fiscais e da mão-de-obra barata local, e cujos produtos se destinam à exportação para os Estados Unidos. Etas fábricas atraem um elevado número de mulheres jovens que migram para Ciudad Juárez à procura de trabalho a fim de escaparem à pobreza rural. Muitas vêm das regiões mais pobres do México. Nos últimos 10 anos, centenas destas pobres mulheres – muitas delas raparigas jovens – têm sido raptadas, violadas e brutalmente assassinadas em Ciudad Juárez e na vizinha cidade de Chihuahua. Frequentemente assassinadas no regresso a casa após o trabalho ou as aulas na escola nocturna, os seus corpos são abandonados em terrenos baldios ou nos matagais nas imediações dos bairros-de-lata onde viviam.
Foram em busca de vida e encontraram a morte. Foram em busca de pão e encontraram a pobreza. Calcula-se que 815 milhões, em todo o mundo sejam vítimas crónicas ou grave subnutrição, a maior parte das quais são mulheres e crianças dos países em vias de desenvolvimento.
O flagelo da fome atinge 777 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento, 27 milhões nos países em transição (na ex-União Soviética) e 11 milhões nos países desenvolvidos.
A subnutrição crónica, quando não conduz apenas à morte física, mas implica frequentemente uma mutilação grave, nomeadamente a falta de desenvolvimento das células cerebrais nos bebés, e cegueira por falta de vitamina A. Todos os anos, dezenas de milhões de mães gravemente subnutridas dão à luz dezenas de milhões de bebés igualmente ameaçados.
A pobreza, a violência, a brutalidade são rumores do fim, sem dúvida. O Apóstolo Paulo recebeu da parte de “…Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas…recomendaram-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência.” Gálatas 2:9,10.
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