7 de junho de 2010

A VIDA AGONIZA NA TERRA, AR E MAR

“Neste momento, o funil de contenção desvia cerca de 10 mil barris de petróleo diariamente para superfície”, disse o presidente da BP, Tony Haywards.
Calcula-se que o poço danificado, localizado cerca de 1,5 mil metros abaixo da superfície libere entre 12 mil e 19 mil barris diários de petróleo no Golfo do México, no que está sendo considerado o maior desastre ambiental da história dos Estados Unidos.
Hayward disse que a empresa pretende implementar esta semana outra tática para conter o vazamento que, junto com o funil, deve ser capaz de conter “ a grande maioria” do petróleo que polui a região.
Em agosto a empresa espera conseguir uma solução definitiva para o problema quando estiverem prontos outros dois poços que devem desviar o petróleo do poço danificado.
O executivo disse que a empresa está comprometida com a recuperação total da região.
“Limparemos o petróleo, solucionaremos qualquer dano ambiental e deixaremos a costa do Golfo do México nas mesmas condições que estavam antes do evento. Este é um compromisso inquestionável, permaneceremos por lá muito tempo após o assunto ter deixado de ocupar a atenção da imprensa, honrando nossas promessas”, disse ele.
A empresa chegou a perder um terço de seu valor no mercado de ações desde o início da crise e vem sendo criticada por gastar alegadamente US$ 50 milhões em comerciais de TV para tentar recuperar sua imagem.
A empresa diz ter gasto mais de US$ 1 bilhão em operações de limpeza desde o início do vazamento no dia 20 de abril, depois que uma explosão destruiu a plataforma Deepwater Horizon, causando a morte de 11 trabalhadores.
Em seu pronunciamento semanal neste sábado, o presidente Barack Obama disse que vai garantir que a BP seja responsabilizada financeiramente pelo vazamento e pague “cada centavo” do que deve.
As estimativas são de que a quantidade de petróleo vazado no mar desde abril varie entre 80 milhões e 180 milhões de litros.

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