11 de janeiro de 2010

PETER ROBINSON PRECISA PROVAR QUE NÃO ESTAVA A PAR DO QUE FAZIA A SUA MULHER


Peter Robinson: um unionista moderado que trabalhou com os católicos

BELFAST, Reino Unido — Primeiro-ministro da Irlanda do Norte há 18 meses, Peter Robinson, um protestante cuja sobrevivência política vem sendo ameaçada por um escândalo envolvendo sua mulher, é considerado por Londres e Dublin um moderado capaz de trabalhar com os católicos.
Robinson decidiu nesta segunda-feira colocar seu mandato entre parênteses durante seis semanas, para provar sua inocência no caso envolvendo sua esposa Iris. Ele precisa provar que não estava a par das malversações da mulher, que ajudou financeiramente um homem 39 anos mais novo do que ela com o qual manteve uma relação extraconjugal.
Peter Robinson, 61 anos, ficou 28 anos na sombra do reverendo Ian Paisley, o fundador do Partido Unionista Democrata (DUP), que defendeu durante meio século um protestantismo intransigente antes de aceitar dividir o poder com os católicos em maio de 2007.
Em junho de 2008, Robinson substituiu Paisley no comando do DUP e no cargo de primeiro-ministro, passando a liderar um governo regional de coalizão com os católicos do Sinn Fein.
Seu mandato foi marcado pela incapacidade em transferir os poderes de polícia e de justiça de Londres para Belfast por falta de acordo com o vice-primeiro-ministro, o católico Martin McGuinness.
Apesar das tensões criadas pela recrudescência dos atos de violência atribuídos aos grupos republicanos dissidentes, os dois homens nunca romperam o diálogo. Robinson já havia mostrado habilidade e capacidade de consenso no ministério das Finanças, que dirigiu em 2007 e 2008.
Peter Robinson, pai de três filhos, vai aproveitar as "férias" para tentar uma reaproximação com Iris, que tentou se matar no início do ano passado depois de revelar seu caso extraconjugal e sofre agora de depressão.

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