O primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat, advertiu hoje
que as águas do Mar Mediterrâneo perto de África estão a transformar-se num
cemitério, depois de um outro barco carregado de imigrantes ter naufragado
perto da ilha italiana de Lampedusa.
Joseph Muscat, disse que Malta se sente «abandonada» pelo
resto da Europa e pediu à União Europeia que tome medidas para evitar movas
tragédias.
Pelo menos 50 pessoas morreram no naufrágio de um barco com
mais de 200 migrantes na sexta-feira.
É a segunda tragédia do tipo nos últimos dias, depois de um
naufrágio perto à ilha resultar na morte de pelo menos 319 migrantes africanos,
sobretudo somalis e eritreus, na semana anterior. Outros 155 foram resgatados
na água.
Embarcações italianas e maltesas fizeram o resgate, com o
auxílio de helicópteros.
Na sexta-feira, pelo menos 500 outros migrantes foram
resgatados em operações da guarda costeira perto da ilha italiana da Sicília.
Também na sexta-feira, um acidente de barco próximo do porto
egípcio de Alexandria custou a vida a pelo menos 12 migrantes.
Responsáveis de segurança egípcios disseram que 116 pessoas,
na maioria palestinos e sírios, foram retirados da água.
A perda de vidas renovou o debate entre os estados-membros
da UE sobre regras de migração.
Muscat disse que a acção imediata entre Malta e Itália
salvou vidas, mas queixou-se de que o resto da Europa forneceu apenas «conversa
fiada».
«Não sei quantas pessoas mais precisam de morrer no mar
antes que algo seja feito», disse, acrescentando que «as regras precisam de
mudar». «Se terão que ser mais rígidas ou mais flexíveis não é a questão, o
facto é que isto está errado e precisa de ser corrigido», salientou.
«Como as coisas estão, estamos a construir um cemitério
dentro do nosso Mar Mediterrâneo», acrescentou o primeiro-ministro.
Após a tragédia da semana passada perto de Lampedusa, a
Comissão Europeia pediu à UE para lançar buscas em todo o Mediterrâneo e pediu
que patrulhas de resgate interceptassem barcos de migrantes.
A agência de fronteiras Frontex, da União Europeia, criada
em 2004, foi objecto de uma redução de orçamento de 118 milhões de euros em
2011 para 85 milhões de euros em 2013.
A Itália já tinha apelado aos estados da UE para que
ajudassem o país a lidar com os milhares de imigrantes ilegais que ali chegam
todos os anos.
Nota pessoal:
Tragédia após tragédia a tal ponto que o Mediterrâneo se transforma em
cemitério. A mobilidade de povos sempre existiu, acentuou-se depois da Segunda
Grande Guerra em especial dentro da Europa, mas também nos Estados Unidos onde
de março de 1967 e março de 1968 – num só ano - , 36 600 000 americanos (não
contando com crianças de menos de um ano) mudaram o seu lugar de residência.
França, Suécia, Alemanha e Holanda a média de migração
interna parece estar também a subir, e toda a Europa esta a ser assolada por
uma vaga de migração internacional maciça, que não teve paralelo desde as perturbações
causadas pela Segunda Guerra Mundial. A prosperidade económica do norte da
Europa originou grande escassez de mão-de-obra e atraiu numerosos trabalhadores
agrícolas desempregados dos países mediterrâneos e do Médio Oriente.
A situação a que assistimos presentemente, é diferente,
chegam aos milhares, africanos, sobretudo somalis e eritreus. Gente que procura
uma vida digna; pão e segurança. Arriscam a vida em pequenas e velhas
embarcações, os governos europeus que lutam com crises gigantescas de carater
social e económico prometem hoje e esquecem amanhã! Que fazer? Todos sabemos
que abrindo as portas seria todo o Médio Oriente e África que entraria num
espaço exíguo onde há fartura.
Que resposta? Creio que não é difícil de perceber que a
causa deste problema é o egoísmo. Estes territórios interessaram a europeus e
americanos na medida que tinham alguma coisa para explorar, não havendo,
abandona-se. Sim, abandonou-se! Não se ensinou a extrair a água, não se ensinou
a cultivar as terras, não se respeitaram as pessoas e menos ainda a natureza. Agora
clama-se que o Mar Mediterrâneo vira cemitério. O que vira cemitério é o Mar e
a Terra!
A Bíblia ao referir o fim dos tempos apresenta este texto: "E,
HAVENDO aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia
hora." (Apocalipse 8 : 1), “fez-se
silêncio no céu”. Em constraste com os espectaculares acontecimentos que
acompanharam a abertura dos primeiros seis selos, temos agora, um solene
silêncio com abertura do sétimo selo. Este silêncio só pode ser explicado no
ciclo que segue os terríveis acontecimentos que sucedem na terra imediatamente
antes da segunda vinda de Jesus Cristo (ver Apoc. 6:14-16).
Os homens, governantes ou qualquer organização têm alguns
paliativos temporários. Só Cristo tem a solução definitiva para esta terra "A
terra geme e pranteia, …” (Isaías 33: 9)
Jesus afirmou: "E quando eu for, e vos preparar lugar,
virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver
estejais vós também.” (João 14: 3)
Qual é a solução de Deus ao pecado?
Resposta bíblica: "E Deus limpará de seus olhos toda a
lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as
primeiras coisas são passadas."
(Apocalipse 21 : 4)
José Carlos Costa
Sem comentários:
Enviar um comentário