Entre o assassínio do presidente Lincoln e a queda das Torres Gémeas foi-se repetindo a sina: em cada duas décadas os norte-americanos envergam luto
A maldição parece ter começado no momento em que Abraham Lincoln foi assassinado, a 14 de Abril de 1865. A partir daí, os americanos começaram a aguardar uma nova fatalidade. Que foi surgindo sempre, a intervalos de 20 anos. A tragédia seguinte ocorreu em Julho de 1881, quando o presidente James Garfield foi morto. Exacta- mente 20 anos mais tarde, caía de novo a maldição sobre os EUA: o presidente William McKinley morreu assassinado em Setembro de 1901. Para os americanos, o século XX começava da pior maneira. Pouco mais de 20 anos depois, em 1923, o presidente Warren Harding sucum- bia a um enfarte. Em 7 de Dezembro de 1941, ocorria o 'Dia da Infâmia', como lhe chamou Franklin Roosevelt. Os japoneses atacaram Pearl Harbor, matando 2403 militares e 68 civis. Os americanos entravam na mais mortífera guerra de todos os tempos, sob o comando de Roosevelt, que só viveria mais três anos: faleceu em Abril de 1945.
Decorridas outras duas décadas, em Novembro de 1963, John Kennedy era assassinado em Dallas. E em Março de 1981 Ronald Reagan escapou por um triz a um grave atentado. Mas o pior estava por vir - e chegaria, como uma espécie de imperativo do destino, 20 anos depois. Em 11 de Setembro de 2001, os EUA descobriam da forma mais trágica que não eram uma nação invulnerável a ataques do exterior ao verem desabar as Torres Gémeas. Foi há nove anos exactos. E nem é preciso ser demasiado supersticioso para presumir que algo de terrível voltará a acontecer nos EUA a partir de 2020.
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