Filmes-catástrofe e profecias de calendários maias à parte, parece que a humanidade devia mesmo tomar algumas precauções em 2012: segundo um relatório da NASA, existe a probabilidade de a Terra ser atingida nesse ano (ou 2013, o mais tardar) pela mais intensa tempestade solar dos últimos 50 anos. Os autores do estudo advertem que a zona afectada poderá ficar sem rede elétrica e água corrente, e que poderá demorar entre quatro e dez anos a recuperar. As projecções massivas de plasma a partir do Sol já causaram problemas noutras ocasiões. Para nos situarmos no pior dos cenários, teremos de recuar até aos dias 1 e 2 de Setembro de 1859, quando as auroras polares, provocadas pelas partículas de vento solar, alcançaram o México e as Caraíbas. Esse acontecimento é conhecido como “fulguração de Carrington”, devido ao astrónomo britânico que o detectou, e destruiu a rede de telégrafo. Se ocorresse actualmente, seria o caos.
A verdade é que a cada segundo que passa, uma sucessão de potentes reacções nucleares no coração do Sol transforma um pouco mais de 667 milhões de toneladas de hidrogénio em um pouco menos de 663 milhões de toneladas de hélio. O processo liberta 4,5 milhões de toneladas de energia na forma de luz (isto é, calor), o que permite, por exemplo, que a vida prospere na Terra. Graças é decomposição do espectro luminoso nas suas mais ínfimas partes, os astrónomos conseguem determinar a composição da nossa estrela, a qual inclui, além dos já referidos hidrogénio (72 por cento da massa) o hélio (26%), outros 65 elementos mais pesados: o grosso destes dois por cento restantes é formado por oxigénio, carbono, néon, azoto, magnésio, ferro e silício. Conhecer com exactidão estes pormenores químicos é fundamental, pois só assim podemos saber como funcionam outros astros e mesmo o nosso próprio planeta.
Os astrofísicos estudam igualmente a quantidade de raios cósmicos, assim como a densidade dos elementos, a fim de desvendar as interacções entre as velozes partículas e o meio interstelar.
“De qualquer modo, o mais importante é compreender a nossa própria estrela”, escreve o especialista Jim Kaler na revista Astronomy. “A velocidade do som no seu interior depende da composição química; e foi através disso que detectámos discrepâncias com os antigos modelos.”
Observada de perto, a superfície solar é como uma caldeira a ferver, em constante estado de convecção, termo físico que define a propagação do calor por um fluído através do movimento das partículas. Richard Fisher, da Divisão de Heliofisica da NASA, vaticina “O Sol está a despertar de uma sesta profunda e, durante os próximos anos, deveremos observar níveis muito mais elevados de actividade”, diz ainda “Além disso, a nossa sociedade tecnológica desenvolveu uma sensibilidade sem precedentes às tempestades solares. Qualquer uma poderia inutilizar as redes de electricidade, a navegação por GPS, os transportes aéreos, os serviços, os serviços financeiros ou as comunicações de emergência por rádio.”
Philip Scherrer cientista-principal do SDO (Solar Dynamics Observatory) disse: “Em Outubro de 2010, assistimos a uma erupção solar colossal”, e acrescenta. “A explosão atingiu mais de 350 mil quilómetros de altura e projectou uma vaga de gases e matéria; felizmente, foi na direcção oposta à Terra. Nesse mês, o SDO observou um buraco negro no pólo norte do Sol. Depois, com o auxílio dos satélites gémeos STEREO, conseguimos confirmar a presença de outro grande vácuo na extremidade meridional. Os chamados ´buracos polares da corona´são lugares por onde emerge o campo magnético e se estende por toda a heliosfera, até chegar à Terra. Se não fosse a protecção natural proporcionada pela atmosfera terrestre, o flagelo das partículas radioactivas teria esturricado o planeta. “Temos confiança de que o SDO continuará a enviar-nos informações valiosas”, acrescenta Scherrer.
É minha sincera convicção que esta situação está explicitamente na Bíblia:
“E haverá sinais no Sol e na Lua e nas estrelas; e na Terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas; homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo.” Lucas 21:25,26.
Serei eu dogmático ou exagerado?
Serei eu um fanático bíblico?
Ou estaremos nós a assistir em catadupa a rumores após rumores do fim?